Preço do livro continua em queda acentuada no país

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Descontada a inflação, valor recua desde 2004, acumulando declínio real de quase 50% até 2011.

O novo levantamento "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", com dados de 2011, revela que o preço médio do livro, computados todos os gêneros, recuou 6,11% nas vendas das editoras ao mercado, em uma queda acumulada de 21,8% desde 2004. Descontada a inflação, significa decréscimo real no preço do livro de quase 50% (44,9%) no período 2004-2011.

Em 2010, o preço médio do livro nas vendas ao mercado era R$ 12,94 e, no ano passado, caiu para R$ 12,15. A desoneração do PIS e da Cofins para os livros, medida que vigora desde 2004, somada a economia de escala alcançada com o aumento do número de livros produzidos e a política cambial, bem como a concorrência acirrada do mercado, permitiram a permanência da tendência de redução no preço médio do livro.

Realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP), sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), a pesquisa apura dados nos segmentos básicos que sustentam a cadeia produtiva do livro: o mercado (livrarias e outros pontos de venda) e o governo (que compra das editoras por meio de programas como Plano Nacional do Livro Didático - PNLD). O preço médio do livro, portanto, não corresponde ao que é pago pelo consumidor e sim às vendas das editoras ao mercado e ao governo.

Quando considerados os dois segmentos da pesquisa, a conta do preço médio do livro expressou aumento de 0,1% - porque o mercado respondeu pelo declínio de 6,11%, enquanto o governo alcançou porcentagem semelhante, mas em direção oposta. O preço médio total (mercado + governo) foi R$ 10,30 em 2011 e, em 2010, R$ 10,29.

De qualquer modo, segundo a pesquisa Fipe, houve crescimento no número total de exemplares vendidos, que foi de 438 milhões de exemplares em 2010 para 469,5 milhões de exemplares em 2011, um variação de 7,2%. Este é um dos motivos para os pesquisadores concluírem que os brasileiros continuam a ler mais.

Incluídos pela primeira vez na pesquisa do setor editorial, os títulos digitais ainda não têm influência significativa na elevação ou queda do preço médio do livro, mas já fazem boa presença no panorama editorial, com mais de 5.200 títulos lançados em 2011. O número equivale a aproximadamente 9% dos mais de 58 mil títulos lançados em 2011. Em relação às vendas, o total correspondente a um faturamento próximo de R$ 870 mil.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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