Plano quinquenal chinês estimula o consumo de alimentos

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Uma das análises mais importantes sobre o consumo chinês decorre da leitura dos planos quinquenais do governo, que dão as diretrizes estratégicas ao país. Essa análise se mostra promissora ao agro do Brasil.

O plano quinquenal prevê que o PIB crescerá, em média, 7% ao ano, com forte melhoria nas condições de renda da população mais pobre e no aumento das oportunidades de emprego no setor de serviços, que deve crescer para quase 50% do PIB. Isso tudo com a inflação controlada em 4% ao ano.

O plano prevê reduções de quase 17% nas emissões de carbono e na energia utilizada para cada ponto percentual de crescimento do PIB, bem como pretende que 12% do total consumido de combustíveis seja de fontes renováveis, dentro da política de veículos de energias limpas.

São fixadas metas para novas fontes de energia (nuclear, solar e eólica), para conservação de energia e proteção ambiental, estimula-se o uso de biotecnologia e novos materiais.

Serão investidos em inovação 2,2% do PIB, e a China pretende ser produtora de bens e serviços inovadores em indústrias sofisticadas, migrando do "produzido na China" para o "desenhado na China".

O plano quinquenal mostra a transição de uma economia puxada pelas exportações para uma economia puxada pelo consumo doméstico, com valorização da moeda chinesa.

Os efeitos nos mercados de alimentos são muito positivos, pois, quando se distribui renda à população mais carente, alimento é a primeira despesa a ser feita -e também a última a ser cortada em situações de crise.

Um exemplo do possível impacto vindo do plano: a empresa YUM (que gerencia as marcas Kentucky Fried Chicken e Pizza Hut) vem crescendo quase 30% em faturamento anual e abriu, em quatro meses, 168 restaurantes na China. Hoje, já opera mais de 4.600 lojas -projeta abrir 600 unidades por ano.

O mercado de fast food cresce a taxas de 15% ao ano, abrindo espaço para outras redes. A Subway anunciou 100 novas lojas em 2012 e a Pala Hamburger, rede chinesa, abrirá 460 lojas em 2012.

O setor de refeições coletivas cresceu mais de 20% ao ano nos últimos 30 anos, o que mostra o vigor do mercado chinês de alimentos.

Com a desvalorização do real e a valorização do yuan, melhoram os termos de troca, e o Brasil tem boas chances de ser o principal fornecedor desse consumo.

Além de fornecedor, é hora também de as franquias brasileiras de alimentos entrarem na China e participarem do jogo principal.



Veículo: Folha de S.Paulo


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