Brasil sediará, em breve, todas as grifes mundiais

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O estudo Brazil Market destaca a iniciativa do Magazine Luiza voltada às redes sociais; um investimento em social-commerce. No Magazine Você, o cliente pode criar uma loja virtual e atuar como vendedor em redes sociais como Facebook e Orkut. A ideia central baseia-se na possibilidade de o usuário recomendar e vender produtos do Magazine Luiza para os amigos; a comissão varia entre 2,5% a 4,5% para cada produto vendido. A meta da companhia é contar com 10 mil lojas virtuais e atingir um milhão de clientes até o fim de 2012.

O sucesso do Magazine Luiza é reflexo da relação dos brasileiros com as compras on-line - consumidores de todas as classes sociais formaram um contigente de 32 milhões em 2011, de acordo com e-bit. A pesquisa mostra que, no ano passado, o país registrou vendas totais de R$ 18,7 bilhões, crescimento de 26% em relação a 2010; um gasto médio de R$ 350. A previsão é que, em 2012, o e-commerce cresça 25%, atingindo a marca de R$ 23,4 bilhões em vendas.

Potencial do mercado de luxo - Especialistas do mercado de luxo afirmam que, nos próximos anos, não haverá uma marca de luxo que não tenha uma loja no Brasil. A marca de acessórios Coach, por exemplo, tem planos de abrir, em 2012, sete lojas no país e prevê, com a iniciativa, um crescimento anual de 20%. Embora o Brasil tenha taxas de importação elevadas, as marcas internacionais estão dispostas a investir - sobretudo porque o consumidor brasileiro está cada dia mais interessado em marcas internacionais de destaque. As vendas anuais da Tommy Hilfiger no Brasil são de cerca de US$ 320 milhões, as mais elevadas entre todos os países latinoamericanos.

No entanto, o relatório Brazil Market alerta para as particularidades do consumidor brasileiro. Segundo Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage e um dos principais especialistas em tendências do Brasil, as marcas tendem a ter uma estratégia de marketing similar para investimentos em países do Oriente Médio e para o Brasil. "Um erro grave, certamente. O mercado de luxo brasileiro requer requinte no atendimento ao cliente; formas diferenciadas de vender um lifestyle, não apenas um produto. De outro lado, temos a Geração Y que também demanda um novo jeito de vender o luxo", salienta.

A pesquisa cita como exemplo da receptividade do mercado brasileiro por marcas marcas novas a abertura do novo JK Shopping, do Grupo Jereissati, em São Paulo, em abril, que terá nas vitrines marcas como Dolce & Gabbana, Lanvin, Prada, Coach e Topshop.

Os brasileiros gostam de consumir marcas que são ícones internacionais. Cerca de 75% do consumo de bens de luxo é feito por mulheres que compram perfumes, cosméticos, roupas, acessórios e joias. Em contrapartida, a Geração Y, de acordo com Paulo Al-Assal, passa a associar o consumismo com uma espécie de colesterol; algo que deve ser evitado. "A marca Osklen está atenta a essa nova demanda e tem desenvolvido um trabalho com os povos da Amazônia, criando seda orgânica e outros tecidos naturais. Ou seja, está reinventando o conceito de luxo", analisa.

Crescimento do mercado de beleza - A nova classe média brasileira tem sido responsável pelo crescimento do mercado de beleza. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o setor vem crescendo a uma taxa de 10,4% ao ano nos últimos 15 anos; em 2011, o crescimento foi de 10,5%, segundo dados do IBGE. Destaque para produtos como hidratantes, desodorantes e condicionadores que passaram a ser adquiridos pela classe C. Marcas internacionais como Nivea e L’Oreal são muito populares - de acordo com o estudo -, além da nacional Natura, que é alinhada a conceitos de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. As mulheres da classe C investem tempo e dinheiro em salões de beleza, em especial, fazendo as unhas. De acordo com o relatório, usar esmaltes coloridos faz parte da cultura da mulher brasileira.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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