O crescimento do mercado é um reflexo da forma como os brasileiros passaram a tratar seus pets
O mercado para pets movimenta cerca de R$ 8 bilhões no Brasil. Mas desse total, apenas 1% é de produtos de luxo, afirma Carlos Flores, dono da Mon Ami Pet World, especializada em produzir artigos chiques para cães. Os números indicam, porém, que esse mero 1% representa nada menos do que R$ 800 milhões. Para o consultor Sebastião de Oliveira Campos, o crescimento do mercado é um reflexo da forma como os brasileiros passaram a tratar os animais de estimação.
— O animalzinho frequenta a casa, é tratado de fato como um membro da família, e os donos querem o melhor para ele — comenta a veterinária Renata Gomes, dona da clínica e petshop Auquimia, em Florianópolis.
Segundo ela, o mercado pet aumenta de 13 a 14% ao ano. Na loja, as maiores novidades estão ligadas à linha de alimentação, principalmente entre os petiscos para cães e gatos — em todos os sabores imagináveis —, inclusive com linhas especiais diet e light. Na clínica, os bichinhos de estimação recebem atenção de veterinários especializados em cardiologia, anestesia, ortopedia, odontologia, oftalmologia e acupuntura, além de tratamentos específicos para obesidade e alergias.
A relações públicas Gabriela Melo, 37 anos, casada com o contador Luis Fernando Saar, é cliente da Auquimia. Todos os cinco cães do casal são tratados lá, e ela não economiza quando o assunto é o bem estar deles.
— Luxo não é só gastar com roupinhas e acessórios, mas usar bons produtos de higiene, medicamentos de ponta e ração de alta qualidade. Faço qualquer sacrifício para vê-los saudáveis e felizes — conta.
Mas ela curte uma "frescurinha": compra acessórios para deixá-los ainda mais fofos, presentinhos de aniversário para cada um, cobertores fofinhos, pufes e almofadas personalizadas.
Gabriela sempre foi "cachorreira". O pai tinha uma fazenda, onde ela criava vários animais. Mora há 11 anos em Florianópolis, e decidiu-se por uma casa para ter bastante espaço para os cães, que ela chama de filhos. Aston, de 10 anos, é o mais velho da turma. Sem raça definida, foi adotado pelo casal. Depois, vieram o pintcher Skank e a chiuaua Tequila, que é mãe do Soquim e da Tininha.
Veículo: Jornal de Santa Catarina