Desempenho do comércio metropolitano de São Paulo sobe 7,1% na comparação com abril
O faturamento do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo cresceu 7,1% de abril para maio, segundo a Federação do Comércio (Fecomercio).O resultado vai na contra-mão do dado apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que recentemente divulgou queda de 0,8% no mesmoperíodo apurado para o varejo nacional.
Segundo o economistada Fecomercio, Altamiro Carvalho, os dados do IBGE não apuram o mês cheio,mas sim variáveiscomo feriados, fazendo com que o resultado seja destoante do apresentado pela Federação. “Diferente deles, nós trabalhamos com o mês cheio para que não sejam abertas margens para erro”, explica. Ainda de acordo com o estudo da Fecomércio, o desempenho do varejo na comparação de maio deste ano com o mesmo mês do ano anterior também está positivo, em 6,9%, atingindo um volume de vendas de R$ 13,8 bilhões.
Esse desempenho é o melhor desde novembro de 2010 e o maior já registrado para o mês de maio nos últimos cinco anos. “Os incentivos de consumo oferecidos pelo governo como a redução do IPI, a queda na taxa básica de juros (Selic), além da redução dos spreads bancários têm influenciado o resultado”, explica, projetando a manutenção do cenário otimista para todo o ano de 2012.
Os comércios automotivo, supermercados, lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos foram os principais responsáveis pelo desempenho positivo, segundo a Federação (veja arte abaixo). “Ao contrário do que muito se fala, não está havendo retração de consumo. O que vemos é um emprego pujante, aumento da massa salarial e a manutenção dos estímulos governamentais ao consumo, principalmente nesses setores”, diz. Carvalho lembra ainda que cada corte percentual na taxa Selic significa redução de R$ 6 bilhões em juros que deixam de ser gastos anualmente pelas famílias. “Isso faz com que os brasileiros tenham mais renda para o consumo”, argumenta, sem deixar de citar que o recuo da inflação contribui para o aumento do poder de compra.
Veículo: Brasil Econômico