A colheita brasileira de algodão em pluma deverá alcançar 1,245 milhão de toneladas em 2009, conforme projeção divulgada ontem pela Anea, a associação nacional dos exportadores do produto.
Se a estimativa for confirmada, a queda em relação ao volume de 2008 (1,585 milhão de toneladas) será de 21,5%, confirmando uma tendência apontada há meses por especialistas e já ratificada por levantamentos de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Desestimulam o plantio os baixos preços praticados nos mercados externo e doméstico e os elevados custos de produção.
Ontem, na bolsa de Nova York, os contratos futuros para março fecharam a 46,60 centavos de dólar por libra-peso. Houve alta de 27 pontos em relação à véspera, mas nos dois pregões anteriores a queda acumulada foi de 158 pontos. Em Rondonópolis (MT), um dos pólos mais importantes do país, a arroba saiu, em média, por R$ 35, R$ 0,10 a menos que na terça-feira, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). Em 15 de outubro, a arroba valia R$ 38,10.
Em seu quadro de oferta e demanda, a Anea prevê para 2009 aumento de 21,7% nos estoques iniciais, para 840 mil toneladas e quedas de 1,6% no consumo interno (930 mil toneladas), de 3,8% nas exportações (510 mil) e de 18,5% nos estoques finais (685 mil).
Veículo: Valor Econômico