Jornais, revistas e televisão apostam na interatividade com o público
A internet e as redes sociais conquistarão cada vez mais as verbas publicitárias, junto com a televisão, os jornais e as revistas que apostam na interatividade para ganhar a atenção do público, segundo os participantes do Festival do Clube de Criação de São Paulo, evento que se encerra hoje em São Paulo.
Para o presidente do Clube de Criação e diretor da agência F/Nazca, Eduardo Lima, o investimento nas redes sociais é um caminho sem volta para estreitar o contato com o público.
"A Nike é o exemplo de uma grande empresa que investe muito pouco em TV no Brasil. As grandes campanhas da companhia são feitas por meio da internet."
PÚBLICO SELECIONADO
Saber a quem se fala é ainda mais importante do que números de audiência, segundo o documentarista e fundador da revista "Piauí", João Moreira Salles.
"Uma planilha técnica não qualifica a nossa revista em custo por milhar [pagamento pelo número de visualizações do anúncio], por exemplo. Mas ela é uma escolha inteligente para o anunciante que busca atingir um público mais bem informado e em posições de comando", defende Salles.
Na contramão desse pensamento, o apresentador Ratinho afirmou em sua palestra sobre o mercado publicitário para a classe C, anteontem, que a TV ainda manterá a sua força pelos próximos dez anos.
Já para o publicitário Eduardo Lima, a tendência não deve se confirmar devido a mudanças no público.
"Os hábitos estão mudando, e muitos clientes nos procuram hoje já com o pensamento voltado às redes sociais", diz Lima.
Outras mídias já repensam seus conteúdos e surgem novidades que combinam ações da propaganda tradicional, mas voltada a eventos de grande público, como a Flip (Feira Literária Internacional de Paraty). "A ligação tão forte com um evento torna o anúncio também um conteúdo editorial", disse Salles.
Veículo: Folha de S.Paulo