Mesmo com a recuperação da produção de cana prevista para a próxima safra e o aumento na produção de álcool, o Brasil precisará continuar importando combustíveis para atender a demanda.
O país gastará US$ 146 bilhões até 2017 com importações de derivados de petróleo, segundo projeção da LCA Consultores. Neste ano, a gasolina e o diesel respondem por metade das compras externas de derivados.
O auge das importações ocorrerá em 2014, quando o país será obrigado a buscar, no exterior, US$ 26,3 bilhões em derivados de petróleo -aumento de 23% em relação ao estimado para este ano.
A partir de 2015, quando a Petrobras começa a operar novas refinarias, as importações cederão, diz o economista Rodrigo Nishida, da LCA.
Mas, já em 2017, devido ao crescente consumo, a necessidade de compras no exterior voltará a subir.
O comportamento das importações de derivados de petróleo é uma das razões para o aumento do deficit da balança comercial.
No entanto, a herança do setor para a conta de comércio será positiva no longo prazo, devido ao petróleo bruto.
Caso as previsões de produção da Petrobras e de outras petrolíferas se confirmem, o país exportará US$ 65,2 bilhões em óleo em 2017, ante US$ 23,5 bilhões estimados para este ano.
Com o aumento, de 177%, a balança comercial de petróleo e derivados passaria do deficit de US$ 2,9 bilhões em 2012 para superavit de US$ 35,2 bilhões em seis anos.
Tudo dependerá do sucesso na exploração do pré-sal, que ainda é uma incógnita.
Veículo: Folha de S.Paulo