O Goldman Sachs Group poderá tentar aumentar sua participação na Sanyo Electric, desafiando os planos da Panasonic de assumir o controle da maior fabricante mundial de baterias recarregáveis.
O banco, com sede em Nova York, poderá se oferecer para adquirir as ações do Daiwa Securities Group e do Sumitomo Mitsui Financial Group, informou Hiroko Matsumoto, porta-voz do Goldman Sachs em Tóquio.
O banco rechaçou ontem a oferta da Panasonic de 130 ienes por ação, ou 23% menos que o preço de fechamento da Sanyo de quarta-feira , disse uma fonte ligada ao assunto.
Uma oferta do Goldman Sachs forçará a Panasonic a elevar sua proposta ou abandonar a maior aquisição no setor de produtos eletrônicos de consumo do Japão. A proposta mais recente avalia a participação de 70% de propriedade dos três bancos em 557 bilhões de ienes (US$ 6 bilhões ) ou quase o dobro do que pagaram em 2006.
"A medida parece ser defensiva por parte do Goldman a fim de forçar a Panasonic a elevar o preço, mas não sei se dará certo já que a Panasonic está em melhor posição para levar com calma qualquer acordo", disse Osamu Hirose, analista da Tokai Tokyo Research Center, em Tóquio.
"Se for preciso, a Panasonic poderá desistir da compra enquanto formar alianças comerciais com a Sanyo", disse o analista.
O Goldman sachs decidiu não aceitar a oferta da Panasonic e irá analisar outras opções incluindo seu direito de recusar a compra das ações da Sanyo, explicou Matsumoto. "Não consideramos que esse processo e esse preço sejam justos para com todo os acionistas da Sanyo", comentou.
Kenichi Kanda, porta-voz do Daiwa Securities SMBC, disse que a companhia irá considerar "favoravelmente" a oferta da Panasonic e se negou a comentar em como irá lidar com o direito de recusar do Goldman Sachs.
A proposta pela Sanyo criaria a maior companhia de eletroeletrônicos do Japão e aumentaria a participação da Panasonic em baterias recarregáveis e solares, dois mercados com forte crescimento.
Veículo: Gazeta Mercantil