Cresce número de empregados formais com alta qualificação

Leia em 2min 40s

Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, mostram que a mão de obra formal do país está ficando cada vez mais qualificada. Em 2011, foram criados 2,242 milhões de empregos formais no país, segundo a Rais. Desse total, 25% possuíam ensino superior completo e outro 1,1% é de trabalhadores com mestrado ou doutorado, somando 26,1% com alta qualificação. Essa participação é bastante superior ao estoque de trabalhadores com o mesmo nível educacional. No fim de 2011 estavam empregados 46,3 milhões de trabalhadores de maneira formal no país, dos quais a soma de curso superior, mestrado e doutorado equivalia a 17% do total.

Em 2011, o total de 2,242 milhões de novos trabalhadores formais elevou o estoque de vagas em 5,09%. O número total, contudo, representou uma queda de 21,63% em relação à quantidade de postos criados em 2010, que foi de 2,861 milhões. De acordo com o ministério, "tal comportamento deu continuidade à trajetória de crescimento de empregos no país, sinalizando, contudo, um arrefecimento no ritmo de expansão, quando comparado com o resultado do ano anterior".

A Rais unifica as informações sobre emprego e desemprego, abrangendo trabalhadores celetistas e estatutários. Traz, também, ajustes nas estatísticas, como a inserção de contratações e demissões registradas fora do período legal. O Caged, apresentado mensalmente pelo Ministério do Trabalho, reúne apenas os dados sobre os empregados na iniciativa privada.

Dos novos empregos criados em 2011, 2,116 milhões correspondem a empregos celetistas, um crescimento de 5,96% no estoque, alcançando 37,606 milhões. Em 2011, foram contratados 126,3 mil funcionários públicos, o que fez com que o estoque dessas vagas subisse 1,47% para 8,705 milhões.

A Rais apontou que o rendimento médio do trabalhador formal brasileiro fechou 2011 em R$ 1.902,13. O montante representa um aumento real de 2,93% em relação ao salário médio em 2010 (R$ 1.847,92). Segundo o Ministério do Trabalho, o rendimento é corrigido pelo INPC e reflete "continuidade da trajetória de crescimento da remuneração observada nos últimos anos".

A maior diferença entre as unidades da federação com relação à remuneração média em 2011 se deu entre o que um trabalhador formal ganhou em média no Distrito Federal (R$ 3.835,88) e o que recebeu, em média, um trabalhador do Ceará (R$ 1.367,79). De acordo com o ministério, a diferença de 180,44% entre os dois salários diminuiu quando comparada com a observada em 2010, quando a diferença entre o maior e o menor rendimento foi de 202,20%.

De acordo com os dados da Rais, os trabalhadores de quase todas as unidades da Federação obtiveram ganhos reais em 2011. Os maiores aumentos ocorreram em Tocantins (10,74%), Pernambuco (5,70%), Goiás (5,57%), Maranhão e Ceará (4,92%). Distrito Federal, Amapá e Roraima registraram perdas nos rendimentos no ano passado de 2,63%, 1,89% e 0,60%, respectivamente.

O setor de serviços foi o que teve maior criação absoluta de empregos formais em 2011. Foram abertos pouco mais de 1 milhão de postos no setor em 2011. Em segundo lugar está o comércio, com 460 mil novos trabalhadores. E em seguida, a construção civil, com 241 mil empregos.

A indústria de transformação criou 228 mil postos. Um pouco abaixo vem a administração pública, com 180 mil empregos. No fim da lista está a agricultura, que criou 74 mil postos formais.



Veículo: Valor Econômico


Veja também

Valor das marcas no Brasil atinge R$ 330 bi ao crescer 7%

A instabilidade econômica mundial já se reflete de maneira positiva, ainda que com delicadeza, na for&ccedi...

Veja mais
Cesta básica pode ter impostos reduzidos

Dilma veta emenda que incluía desoneração da cesta básica, mas cria comissão para tra...

Veja mais
Nutritivo, talvez. Seguro, sem dúvida.

Carreamento de poluentes para as fontes aquáticas, no cultivo agrícola tradicional, pode ser nocivo tamb&e...

Veja mais
VM Store foca em móveis para pontos de venda

Ao perceber o nicho de mercado no segmento varejista, em que as redes anunciam cada vez mais aberturas de loja, em v&aac...

Veja mais
Chuvas fortes beneficiam o arroz gaúcho

Apesar dos transtornos provocados nas rodovias que ligam Porto Alegre ao sul do Estado, a forte chuva dos últimos...

Veja mais
'Nós vamos para São Paulo, pode ter certeza'

Máquina de Vendas contrata agência de publicidade paulista e dá o primeiro passo para ingressar na c...

Veja mais
Estudo associa bisfenol a obesidade em crianças

Suspeita-se que substância pode estar predispondo as pessoas ao ganho de peso; pesquisa é americanaUm ano d...

Veja mais
Escravos do tomate

Apesar dos preços altos, "ninguém abre mão do tomate", diz economista; chefs passam a acrescentar n...

Veja mais
Nova lei ameaça o escoamento da maior safra de soja

Regulamentação para os caminhoneiros passa a ser fiscalizada em 180 dias; produtores pedem prazo maiorA no...

Veja mais