Quebra da produção nos Estados Unidos de soja e de milho abre caminho para a produção nacional
Na pauta das exportações agropecuárias brasileiras, a quantidade e o valor gerados por pelos menos quatro produtos têm conexão direta com o que se faz nas lavouras gaúchas. Milho, carnes, tabaco e, principalmente, soja são destaques na balança comercial do país, garantindo saldo positivo safra após safra.
A relevância dos embarques do agronegócio nas exportações brasileiras é um dos aspectos destacados neste caderno especial.
Sob influência de fatores que regem a economia global — e resistindo às intempéries —, o que brota dos hectares gaúchos surge no tabuleiro das exportações brasileiras. Produtores de todo o Estado aprendem a ficar de olho não só na lavoura, mas também no mercado, cujo dinamismo desafia o planejamento da safra.
A quebra da produção norte-americana de soja e milho, em decorrência de uma seca histórica, abre caminho para o Brasil tomar a dianteira mundial da produção e da exportação do grão. Uma liderança circunstancial, mas com reflexos no cotidiano do produtor, como mostra outra reportagem deste suplemento.
O tabaco, cuja produção está concentrada nos três Estados do Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, também é destaque nas páginas a seguir, pelo fato de o país se manter como principal exportador mundial desde 1993. O Brasil é o segundo maior produtor (do total produzido, 85% destina-se ao mercado internacional). Na safra 2010/2011, segundo pesquisa da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a safra alcançou 833 mil toneladas – desse volume, 52% veio do Rio Grande do Sul, 30%, de Santa Catarina, e 18%, do Paraná.
Veículo: Zero Hora - RS