Consumidor buscará opções mais baratas

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As vendas da indústria para os serviços de alimentação devem encerrar 2008 em alta, mas já são esperadas mudanças no comportamento do consumidor brasileiro no próximo ano por conta da crise financeira. Para Enzo Dona, analista da ECD Consultoria, especializada em alimentação fora do lar, vai haver uma migração no valor gasto com despesas em restaurantes e bares.

 

"As pessoas devem sair do ‘a la carte’ para o self service ou por quilo", exemplificou o analista. "Vão procurar tíquete de menor valor. Isso é uma característica própria de momentos de crise", afirmou.

 

Ainda segundo o analista, as refeições de lazer devem ter redução significativa no próximo ano. "Essa é uma despesa extremamente sensível a momentos de crise", afirmou.

 

Rodrigo Vassimon, vice-presidente da divisão de food service da Unilever, concorda com o consultor e disse que deverá haver uma migração para os serviços de preços mais acessíveis.

 

No entanto, o executivo da Uni-lever acredita que a alta do dólar pode ajudar a impulsionar o turismo interno no Brasil no próximo ano. "Isso aumenta as vendas em hotéis e restaurantes, por exemplo", afirmou.

 

Segundo Donna, se confirmado crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, a expectativa é que as vendas das indústrias para estabelecimentos comerciais cresçam até 9%. Confirmada a expectativa, o faturamento da atividade de totalizar R$ 62,1 bilhões, ante os R$ 57 bilhões previstos para 2008.

 

Predilecta amplia linha

 

De olho nesse bom desempenho, Antônio Carlos Tadiotti, sócio e diretor industrial da Predilecta Alimentos, do interior de São Paulo, já encomendou mais uma máquina para a produção e embalagem de itens próprios para estabelecimentos comerciais, de quatro a cinco quilos. Com o investimento, Tadiotti espera alcançar produção mensal de 1,3 mil toneladas de produtos específicos para bares e restaurantes, ante as 900 toneladas da capacidade atual.

 

"Atuamos há muito tempo com food service. Esse é um mercado que mudou muito nos últimos anos. As empresas buscavam preços mais baixos, hoje estão buscando produtos mais sofisticados e de qualidade", disse o executivo.

 

A área de food service ganhou destaque dentro da empresa este ano. Segundo Tadiotti, a área foi reestruturada e um executivo do grupo passou a ser responsável pelo desenvolvimento do setor. Os resultados já são sentidos, afirmou Tadiotti, e novos contratos já foram assinados. Entre os novos contratos assinados pela empresa está o fornecimento de geléia que com-pram produtos da Predilecta está o Governo do estado São Paulo. Este ano, as vendas para o food service devem representar 5% do faturamento de R$ 220 milhões previsto por Tadiotti.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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