Maioria deixa compras para a véspera da data

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Quase 64% confirmam preferência pelo pagamento à vista, diz CDL.


Os belo-horizontinos, como ocorre todos os anos, deixaram para a véspera as compras do Dia das Crianças. Pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) no final de setembro já indicava que 70,62% dos entrevistados irão escolher os presentes pouco dias antes do 12 de outubro. Mas, ao contrário de 2011, quase 64% vão preferir o pagamento à vista, em dinheiro (36,98%) ou no cartão de débito (26,92%). No ano passado o parcelamento no cartão de crédito era a primeira opção para 38,67% dos entrevistados. A pesquisa detectou também que 26,14% dos consumidores estão planejando gastar entre R$ R$ 75,01 e R$ 100 e que os jogos e roupas serão os presentes mais procurados: 23,74% comprarão jogos e 23,52% ficarão com as roupas.

"As pessoas estão preferindo pagar à vista por causa da inadimplência e do endividamento", acredita o presidente da CDL/BH, Bruno Falci.  que a expectativa era de que a inadimplência já estivesse mais baixa, como acontece em geral no segundo semestre, mas como o nível de endividamento foi maior no início de 2012, os consumidores estão mais cautelosos.

Ainda assim, a previsão da CDL é de um crescimento de 4% a 6% nas vendas de outubro em relação ao ano passado. Caso a projeção se confirme, as vendas realizadas pelo varejo da Capital chegarão a R$ 2,2 bilhões, impulsionadas principalmente pelos produtos comercializados para o Dia das Crianças. Em igual mês do de 2011, o valor chegou a R$ 2,08 bilhões.

O otimismo vem, ressalta Falci, da manutenção da política governamental de apoio ao crédito, da redução dos juros, mas também pela importância dada pela indústria de brinquedos à data. Com o aumento da alíquota sobre produtos importados, no início do ano, a indústria nacional, que em 2011 foi responsável pela produção de aproximadamente 50% dos brinquedos vendidos no Brasil, em 2012 já está com uma fatia maior e deve responder por 60% das vendas desses produtos no Dia das Crianças.


Presentes - A expectativa é de que as vendas de jogos e roupas sejam as campeãs. Em seguida na ordem de preferência dos presentes, segundo a pesquisa da CDL, aparecem os eletroeletrônicos (12,97%); calçados (10,55%); bonecas (8,79%); carrinhos (8,35%); jogos educativos (6,15%); livros (3,30%); bicicletas (1,54%); instrumento musical (0,88%) e outros (0,22%). Mas alguns pais decidiram que este ano não vão presentear os filhos. Neste grupo, 40,91% alegam que acharam melhor viajar a dar um presente; 29,55% estão sem dinheiro, 20,45% comprarão um presente melhor no Natal (20,45%); 6,82% vão caprichar no aniversário e 2,27% simplesmente não pretendem comprar presentes este ano.

O levantamento detectou ainda que a maior parte das compras será efetuada em lojas de rua: 20,18% dos entrevistados comprarão os presentes na região onde moram, no comércio de bairro; 13,55% nos centros comerciais; 4,52% na região central/hipercentro e 3,61% na Savassi, o que totaliza 41,86%. Em seguida estão 38,25% dos consumidores que comprarão os presentes nos shopping centers; 10,84% afirmaram não ter preferência; 5,12% optaram pela internet e 3,92% pelos shoppings populares.

Quando questionados sobre quanto têm a intenção de gastar, pouco mais de 26% falaram entre R$ 75,01 e R$ 100,00. Em seguida estão as seguintes faixas: de R$ 100,01 a R$ 150 (15,50% dos consumidores); de R$ 50,01 a R$ 75 (14,89%); de R$ 30,01 a R$ 50 (13,37%); de R$ 150,01 a R$ 200 (9,12%); de R$ 200,01 a R$ 300 (5,78%); até R$ 30 (5,17%); acima de R$ 400 (4,26%); não sabe/não definiu ainda (3,65%); de R$ 300,01 a R$ 400 (2,13%).

Sobre a forma de pagamento, mais da metade acha melhor não se comprometer com dívidas futuras e quitar as compras a vista. Ainda assim, 24,26% vão parcelar no cartão de crédito e 8,58% vão recorrer ao dinheiro de plástico, mas sem parcelamento. Um pequeno grupo (1,48%) vai usar o cartão de loja, enquanto 1,48% recorrerá aos cheques para pagamento a vista e 0,3% aos pré-datados. O mesmo percentual (0,3%) optará pelo parcelamento em carnês de lojas ou crediário.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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