O mercado farmacêutico brasileiro deve contar com a entrada de uma empresa estrangeira em breve. É o que estima o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto.
De acordo com ele, que acabou de chegar dos Estados Unidos, onde esteve com executivos da Walgreens, a maior rede de farmácias daquele país, o Brasil tem despertado o interesse de investidores de vários cantos do mundo. "As atenções estão voltadas para os países emergentes, em especial o Brasil. Se o mercado farmacêutico do País dobrará em cinco anos, mais dia menos dia isso [a entrada de um grupo estrangeiro] iria acontecer", afirmou Barreto, em evento promovido pela BM&FBovespa e pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP), ontem. Para Barreto, a participação de uma empresa internacional se dará por meio da Alliance Boots, que teve 45% de seu capital adquirido pela Walgreens em junho. "A Boots foi adquirida porque tem operação em 25 países. Eles podem comprar algum player nacional ou mesmo abrir unidades da marca aqui", comentou. O executivo acredita que uma grande operadora estrangeira possa inaugurar de duas a três mil lojas no Brasil. Fundada em 1901 em Chicago, a Walgreens tem cerca de 8.300 lojas em 50 estados americanos, além de Porto Rico.
Desafios
Barreto afirmou que o mercado farmacêutico do País tem desafios. "É preciso revisar e modernizar o mercado, bem como combater a informalidade para obter crescimento sustentável." Ele acrescentou que os preços e a desoneração tributária precisam ser discutidos, e a eficácia do setor produtivo precisa ser melhorada.
Veículo: DCI