De fabricantes a donos de lojas, várias indústrias têm percebido o potencial do varejo para aumentar as margens. A ideia já orientou grandes marcas -como Hering, Arezzo e Samello-, e hoje inspira novos empresários, como os da fabricante de sapatos Anzetutto, que tem entre seus clientes a presidente Dilma Rousseff.
Com lojas em Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP), a empresa tem planos de expansão a novas regiões. "As lojas otimizam a produção das fábricas e representam cerca de 10% do faturamento", conta Bruna Paese, proprietária. A companhia fabrica cerca de mil pares ao dia, vende os produtos a pelo menos 300 lojas no Brasil e exporta para diversos países.
No ramo de alimentos, a Unilever, responsável pela Kibon, também deu um passo no ramo de lojas próprias, com a Magnum Store, em São Paulo. A loja-conceito da marca de sorvetes também foi criada na França e na Turquia, para "aproximar o cliente", afirmou Christof Tremp, gerente de Desenvolvimento da Magnum.
Fundada há 80 anos no Rio de Janeiro, a Pumar, especializada na fabricação de guarda-chuvas, acaba de lançar suas primeiras lojas próprias. Sob o comando da terceira geração, a meta é inaugurar 50 unidades no formato de loja ou quiosque, até 2013. "Fabricávamos as armações dos guarda-chuvas até os anos 1990, quando começaram a chegar os produtos chineses que tomaram o mercado. Com isso, nós tivemos de nos reinventar", ressaltou Lucia Pumar, CEO da empresa.
No ramo de roupas, a grife de jeans Zoomp tem promovido iniciativas para reestruturar a operação e investe no atacado, em lojas próprias e em franquias.
Veículo: DCI