Seapa prevê produção maior de feijão

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A produção de feijão no Estado neste ano terá um ganho de 10,3%, chegando a 643 mil toneladas ante as 582,9 mil toneladas da safra anterior. As projeções são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e também indicam que haverá crescimento de 5% tanto na produtividade da cultura quanto na área de plantio.

De acordo com estudo da Seapa, as 643 mil toneladas que devem ser produzidas ao final da safra deste ano garantirão ao Estado uma participação de 22% na produção nacional de 2012, um aumento de 5,4 pontos percentuais em relação à fatia que Minas deteve em âmbito nacional no exercício anterior.

A área colhida seguirá na mesma direção. Em 2011, a cultura de feijão ocupou 393,6 mil hectares em Minas Gerais; neste ano, a área deve fechar em 413,3 mil hectares, 5% de crescimento.

Com o resultado, o Estado terá 14,7% de participação em toda a área destinada à cultura no país para o período, praticamente quatro pontos percentuais de crescimento frente à fatia que Minas teve no total do Brasil no ano passado.

O aumento da produção e da área colhida reflete na maior eficiência do cultivo do feijão nos campos mineiros. O levantamento da Seapa mostrou que a produtividade em 2012 deve fechar o período produtivo em 1,5 mil toneladas por hectare cultivado, o que, se confirmado, significará uma evolução de 5%% frente às 1,4 mil toneladas/hectare registradas na safra de 2011.

De acordo com o estudo, o município que lidera o ranking dos maiores produtores do Estado é Unaí, com participação de 17,4% no total do Estado, seguido por Paracatu (6,5%), Guarda Mor (6,3%), Buritis (4,1%) e Cabeceira Grande, com 2,4%, todos na região Noroeste do Estado. Juntos, esses municípios têm fatia de 37% da produção estadual.


Positivo - Na divisão por região, o Noroeste de Minas deve fechar 2012 com 44,7%, se consolidando como o maior produtor de feijão do Estado e com uma produção da ordem de 287,3 mil toneladas, seguido pelo Alto Paranaíba (15,4%), Sul de Minas (11,3%), Norte de Minas (6,5%) e região Central, que terá 6,2% de participação da produção estadual ao final deste período produtivo.

Conforme levantamento, divulgado nesta semana, do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) - com o apoio financeiro da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Seapa -, o feijão foi um dos poucos itens que tiveram desempenho positivo neste ano. Entre os principais produtos do agronegócio, o grão teve o preço real ampliado em 74,8% entre janeiro e julho.


Preços avançam no mercado



O mercado de feijão carioca registrou preços em alta na semana passada, impulsionados pelo aumento da demanda. A oferta restrita também contribuiu para a ascensão dos preços do grão, que segue valorizado em relação às cotações praticadas no mesmo período de 2011. Já o feijão preto manteve o padrão histórico característico, com um baixo volume de negócios concretizados durante o pregão, uma oferta reduzida e demanda escassa.

"A colheita de feijão em São Paulo já começou, apesar de em quantidades pequenas, o que não tem poder de influenciar o mercado. Mas com esta safra já há entrada de lotes de qualidade superior, que estavam escassos nos últimos dias", afirma o analista de Safras & Mercado Régis Becker.

No Paraná, o preço médio da saca de 60 quilos do feijão carioca sofreu um leve decréscimo de 0,54% na semana passada, passando de exatos R$ 130,00 no fechamento da primeira quinzena do mês para os atuais R$ 129,29. Já o feijão preto paranaense apresentou uma elevação considerável nas cotações, impulsionado principalmente pela valorização do grão na cidade de Curitiba, onde o preço da saca de 60 kg de feijão preto passou de R$ 91,50 para R$ 101,50. Assim, o preço médio do feijão preto no Paraná encerrou a semana em R$ 102,00, representando um aumento de 2,61% com base no preço de R$ 99,40 no fechamento da semana passada.

Em Minas Gerais, principal fornecedor de lotes para comercialização na bolsinha, em São Paulo, também houve aumento considerável no preço da saca do carioca, diante do aumento do preço no pregão paulista. Com a valorização em Unaí, onde o feijão carioca passou de R$ 119,50 para R$ 137,50 na semana passada, e Patos de Minas, que teve variação de R$ 117,50 para R$ 145,00, o preço médio das regiões produtoras mineiras fechou o período com média de R$ 141,25, mostrando uma valorização de 19,1% no comparativo do início do mês, que foi de R$ 118,50.

Já em Goiás, outro importante produtor de feijão na terceira safra, o padrão comercial foi oposto ao do resto dos estados produtores. No fechamento da primeira quinzena do mês, o preço médio era de R$ 152,50, porém em várias cidades do Estado os preços sofreram desvalorização, com destaque para a região de Itaberaí, onde recuou de R$ 150,00 para R$ 130,00. Com isso, o preço de fechamento da semana passada foi de R$ 147,50/saca de 60 kg, ou uma desvalorização de aproximadamente 3,2% no comparativo semanal.


Bolsinha - Na bolsinha, em São Paulo, o mercado havia fechado o dia 11 com um volume de negócios concretizados baixo. "Os poucos lotes vendidos se deviam principalmente à necessidade de alguns corretores em vender o produto. No entanto, na semana passada, o cenário mudou logo na segunda-feira, quando os preços subiram para todos os tipos de feijão carioca, diante da oferta mais restrita e do aumento da demanda, que deixou o mercado firme, padrão esse que se manteve durante o restante da semana, elevando de maneira mais branda o preço do feijão carioca", explica o analista.

O feijão carioca extra, nota 9, que havia fechado o dia 11 com preço de R$ 150,00, valorizou cerca de 13%, fechando a semana passada com média de R$ 170,00. O feijão carioca especial também apresentou elevação no preço de mercado. Esse tipo de feijão abriu a semana passada cotado a 142,50 e, após sucessivos aumentos, fechou o período com preço médio de R$ 162,50, representando alta de 14% no comparativo semanal.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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