Lojas faturam até 30% mais com cestas natalinas

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Vendas, que já começam no próximo mês, têm como principal consumidor o público corporativo.


Novembro se aproxima e, com isso, as delikatessens de Belo Horizonte correm contra o tempo nas montagens das cestas de Natal.  que já no próximo mês começam as encomendas e, para atendê-las, as empresas precisam se preparar com certa antecedência. As vendas no último bimestre do ano chegam a representar até 30% do faturamento total de algumas empresas, mas para que o desempenho alcance o resultado esperado é preciso trabalhar muito na busca de diferenciais para competir no mercado.

O gerente de importação da Casa Rio Verde - que conta com oito unidade em Belo Horizonte -, Haendel Roberto, explica que 80% do público de cestas e kits de Natal é corporativo. Ele lembra que 2012 está sendo um ano instável para alguns setores da economia e que isso pode afetar as vendas de final de ano da delikatessen. "Enquanto algumas empresas colocam esse tipo de investimento como prioridade, outras só compram as cestas se houver sobras no caixa. Então, temos que ampliar o leque de clientes para não ter impacto nas vendas", diz.

Para Roberto, somente haverá crescimento nas vendas com relação ao último Natal se a empresa conquistar uma nova base de clientes. "Nós precisamos convencer as empresas que ainda não adotaram as cestas de Natal como presente de final de ano a fazer isso", observa. As vendas de novembro e dezembro na Casa Rio Verde correspondem a cerca de 25% do faturamento anual. Em novembro já há crescimento em torno de 40% com relação aos demais meses do ano. Em dezembro, as vendas chegam a quadruplicar.

Os preços das cestas variam de R$ 115 a R$ 3.250, de acordo com os itens inseridos. As cestas da Casa Rio Verde são montadas, principalmente, com base nos vinhos. "Temos importação própria de vinhos e isso deixa os nossos produtos com uma relação qualidade-preço extraordinária", afirma Roberto. Além dos vinhos, as cestas podem ter outras bebidas alcoólicas, como uísques importados e espumantes. Elas também podem contar com itens como conservas, chocolates, geleias, castanhas e nozes, de acordo com o gosto dos clientes.


Equilíbrio - A produção das cestas também já está a todo vapor na Casa do Vinho, empresa que tem duas unidades na capital mineira. Foram contratados cinco funcionários temporários para fazer a separação dos produtos, a montagem e a entrega das cestas. De acordo com o sócio-proprietário da empresa, André Martini, é esperado crescimento de 10% nas vendas de Natal deste ano com relação ao exercício passado. Ele acredita que haverá um equilíbrio entre as empresas que passarão a comprar cestas e aquelas que deixarão de efetuar a compra e que no final o saldo será positivo.

"Enquanto algumas empresas aumentam as compras, outras diminuem. Existem muitos setores que atendemos e cada um deles está vivendo um momento diferente. Além disso, também temos novas empresas no mercado. Então, no final, acredito que teremos um equilíbrio", observa. Ainda segundo ele, as encomendas das cestas já começaram. O último trimestre do ano corresponde a cerca de 40% do faturamento anual da Casa do Vinho. Em outubro e novembro, a demanda maior é de empresas; já no início de dezembro, começam as vendas para pessoas físicas, que seguem até o Natal.

Os kits e cestas produzidos pela empresa podem custar de R$ 59 a R$ 3.850. "Montamos as cestas pensando que os produtos que estão ali serão compartilhados entre a família, então elas podem ter desde vinho, uísques e cervejas especiais até itens de gastronomia como massas, patês e tomates (secos ou em conservas), além de doces, balas e biscoitos. A variedade é grande e temos diversas opções de cestas e kits para agradar ao gosto dos clientes", diz Martini. Ele destaca que a casa também tem importação própria de vinhos. "Todos os rótulos são selecionados por nós, o que garante a qualidade do produto", observa.


Crescimento - As expectativas também são de crescimento nas vendas de Natal deste ano na Royal Vinhos, instalada no bairro Santo Antônio, e na Royal Empório, no bairro Cruzeiro, ambos na região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com o diretor das duas lojas, Cristóvão de Morais Filho, as casas estão se preparando para vender até 60% mais que o mesmo período de 2011, mas a estimativa é que o crescimento fique entre 30% e 40%. "Temos que trabalhar com uma margem para mais. No ano passado, fizemos um trabalho de divulgação muito grande e muitas empresas já estão nos procurando, então acreditamos que vamos ter esse crescimento expressivo", diz.

Tanto a Royal Vinhos quanto a Royal Empório trabalham com cestas e kits. Os preços variam de R$ 64, o kit mais barato, até R$ 3,5 mil, a cesta mais cara. "Normalmente, as empresas buscam mais kits, porque compram em maior quantidade, e as pessoas físicas já buscam cestas mais nobres. Os itens que compõem as cestas variam muito. A mais cara, por exemplo, tem até champanhe e marrom glacê francês. Procuramos incluir itens natalinos em todas elas. Nas cestas mais tradicionais temos bebidas e panetone", afirma Morais Filho.

A produção das cestas já começou nas duas empresas. Para isso, foram contratados 15 profissionais que serão responsáveis pela separação dos produtos e pela montagem das cestas. A parte de entrega, que começa a partir do dia 15 de novembro, demandará a contratação de mais funcionários temporários. As vendas de novembro e dezembro na Royal Vinhos e na Royal Empório correspondem a cerca de 20% do faturamento anual das empresas.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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