O governo brasileiro aumentou ligeiramente sua estimativa para a produção de café no País na safra 2008/09, para 46 milhões de sacas, ante previsão de setembro de 45,85 milhões de sacas, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ontem.
Na safra anterior (2007/2008), a produção de café do Brasil ficou em 36 milhões de sacas, segundo números revisados para cima da Conab. Na estimativa de setembro, a Conab havia apontado uma produção em 2007/2008 de 33,7 milhões de sacas. "O efeito da bienalidade positiva, aliada à recuperação das lavouras e aos bons tratos culturais foram os responsáveis pelo aumento da produção de café no Brasil [em 2008/2009]", destacou a Conab.
Arábica e robusta
A produção de café do tipo arábica em 2008/2009 foi projetada em 35,48 milhões de sacas, contra 35,27 milhões de sacas na projeção de setembro. A produção de robusta foi estimada em 10,50 milhões de sacas, ante 10,58 milhões em setembro. O levantamento divulgado ontem é o quarto e último realizado pela estatal neste ano. A safra de 46 milhões de sacas é a segunda maior da história do Brasil, atrás apenas da registrada no ciclo 2002/2003, quando foram colhidas 48,48 milhões de sacas.
Em 2008/2009, o volume do café produzido em Minas Gerais, que detém cerca de 50% do plantio no País, finalizou em 23,58 milhões de sacas, sendo 23,54 milhões só do arábica.
No país, a área total ocupada pelo café foi de 2,362 milhões de hectares, queda de 0,3% em relação à safra anterior. "As exceções são Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia", que tiveram os números da área ocupada elevados.
O levantamento foi feito pela Conab entre os dias 16 e 29 de novembro. Os técnicos ouviram mais de 2,7 mil agricultores, representantes de cooperativas e de órgãos públicos e privados. A primeira pesquisa da safra 2009/10 será divulgada no próximo dia 8 de janeiro.
Os produtores de café terão que enfrentar problemas climáticos para próxima safra, como o atraso na floração, o que poderá retardar a colheita.
Veículo: DCI