Um cenário de acelerações nos preços de hortaliças e legumes levou às taxas maiores do IPC-S nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. A informação é do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz.
De acordo com ele, a movimentação de preços das hortaliças e legumes passou de -1,75% para 2,08%, da última quadrissemana de novembro para a primeira quadrissemana de dezembro em São Paulo.
No mesmo período, a taxa de elevação nos preços de hortaliças e legumes subiu de 4,97% para 16,79%, no Rio de Janeiro. Tendo em vista esse cenário, o IPC-S de São Paulo subiu de 0,42% para 0,53%; e o IPC-S no Rio passou de 0,85% para 1,17% no período.
Porém, Braz fez uma ressalva. As taxas também foram puxadas para cima por um efeito estatístico: a atualização de ponderações dos itens componentes do IPC-S, que ocorre todo o início do mês, e "puxa para cima" o resultado das taxas dos índices.
Mesmo com as taxas maiores nas duas capitais de maior peso no cálculo do IPC-S, Braz ainda acredita que o mês de dezembro deverá apresentar resultados de desaceleração da inflação. Isso porque alimentos de grande peso nos preços do varejo estão subindo menos ou em queda, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo.
O caso das movimentações de preços em arroz e feijão (de -4,78% para -6,89%); e carne bovina (de 1,92% para 1,19%) na capital paulista; e de arroz e feijão (de -0,30% para -0,34%); e carnes bovinas (de 3,51% para 2,47%) no Rio de Janeiro. Na avaliação do economista, é possível que esses movimentos de quedas e desacelerações de preços continuem.
No caso do Rio de Janeiro, o economista acrescentou que a cidade contou com um reajuste no preço da tarifa de ônibus urbano (4,76%) no início desse mês. "Isso deve impactar em 0,06 ponto percentual o resultado do IPC-S completo", afirmou. o economista da Fundação Getulio Vargas.
Veículo: Diário do Comércio - MG