O mercado de feijão apresentou uma baixa movimentação no volume de negócios na passagem dos meses de outubro para novembro. O resultado foi afetado pela semana mais curta por causa do feriado no último dia 2. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Régis Becker, a baixa demanda acabou levando à diminuição nos preços de todas as variedades de feijão carioca. Já no fechamento de outubro, o preço médio fechou em um patamar inferior ao preço médio de setembro, influenciado principalmente por um aumento nas ofertas de feijão em alguns períodos do mês passado.
Já o feijão preto seguiu seu padrão comercial característico na semana passada, apresentando uma oferta restrita e um volume de negócios baixo. Apesar disso, em outubro, o feijão preto valorizou, o que pode ser explicado por uma diminuição no volume de importações, que apesar de estarem em um patamar bem elevado em relação aos anos anteriores, em setembro apresentou recuo no volume importado em relação a agosto.
O mercado de feijão carioca em Minas Gerais apresentou uma queda bastante acentuada no nível de preços na virada de um mês para o outro. O preço médio do tipo nas regiões produtoras do Estado fechou em R$ 118,75 a saca de 60 quilos, desvalorização de 15,9% frente ao preço de fechamento da semana anterior, que foi de R$ 141,25 a saca. Na Bahia, devido à queda no preço de custo nas regiões produtores, o preço médio da saca fechou em R$ 150,20, o que atesta queda de 3,84% no comparativo com a terceira semana de outubro, que foi de R$ 156,20 a saca..
Valorização - Já no Paraná, o cenário foi diferente. Devido a valorizações nos preço do feijão carioca em algumas cidades produtoras paranaenses, o preço médio do tipo fechou em R$ 128,75, alta de 1,12% em relação ao preço do fechamento anterior, que foi de R$ 127,32 a saca. O feijão preto também seguiu a tendência do feijão carioca no Paraná e apresentou leve alta de 0,24%, passando de R$ 101,75 para R$ 102,00 por saca comercializada.
O mercado de feijão na bolsinha, em São Paulo, iniciou o mês de novembro de forma calma, sem alterações no preço. "Durante a semana, o movimento não se modificou e seguiu fraco, o que levou a uma queda nos preços do feijão carioca devido à necessidade de alguns corretores em vender sua mercadoria", explicou o analista.
A maior demanda nesta semana foi pelo feijão do tipo comercial, que vem sendo abastecido por lotes oriundos de Minas Gerais e Goiás e também por feijão carioca importado da Bolívia. Em outubro, o feijão carioca apresentou uma desvalorização ainda mais significativa. O carioca extra, que havia fechado anteriormente a R$ 159,00 a saca, desvalorizou 7,23% na semana passada, fechando com o preço médio de 147,50 por saca comercializada. O carioca extra teve como preço médio em outubro o valor de R$ 160,32, o que representa queda de 10%, com base no preço médio de setembro, que foi de R$ 178,22.
O feijão carioca especial seguiu a tendência semanal e teve a saca de 60 kg desvalorizada 7,71%, passando de R$ 149,00 para um preço médio de R$ 137,50. Em outubro, o recuo foi ainda maior, passando de um preço médio de R$ 171,47 em setembro para R$ 151,48, o que representa uma queda de 11,6%.
O feijão carioca comercial nota 8, que vem apresentando maior demanda no mercado atacadista de São Paulo, fechou a última semana com preço médio de R$ 122,50, o que mostra uma diminuição no preço de aproximadamente 11,87% comparado com o preço de R$ 139,00 no fechamento anterior. Em outubro, o tipo fecha com o preço médio de R$ 141,95 a saca, queda de 13,2% frente ao preço médio de setembro, que foi de R$ 163,71.
Veículo: Diário do Comércio - MG