Safra mineira de feijão deverá aumentar 6,4%

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Em Minas deverão ser colhidas no 1º ciclo produtivo entre 231,1 mil e 232,9 mil toneladas de feijão


A primeira safra de feijão em Minas Gerais deverá ser ampliada em até 6,4% no ciclo 2012/13. Os preços lucrativos e a demanda aquecida pelo produto são fatores que vêm incentivando os investimentos na cultura. Além disso, também é esperado incremento na produtividade, que deverá ser estimulada pelos tratos culturais adequados, já que os produtores estão capitalizados.

Segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Minas Gerais deverá colher no primeiro ciclo produtivo entre 231,1 mil toneladas e 232,9 mil toneladas, alta que varia entre 5,6% e 6,4%. A produtividade média deverá ser de até 1,27 tonelada por hectare, alta de 5,4%.

De acordo com o engenheiro agrônomo e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), unidade Unaí, na região Noroeste do Estado, Reinaldo da Silva Martins, os produtores estão otimistas e praticamente já encerraram o plantio da primeira safra.

A previsão é de que a área ocupada se mantenha estável na região, já que também existe a concorrência com a soja, produto que está com os preços em alta e tem maior liquidez no mercado. A produtividade deverá ser estimulada pelos tratos mais adequados.

O município de Unaí é o maior produtor de feijão de Minas Gerais, com volume anual de 112,2 mil toneladas. A área destinada na safra 2011/12, somando os três ciclos produtivos, alcançou 47 mil hectares. A produtividade média girou em torno de 2,3 toneladas por hectare. Atualmente os produtores estão encerrando o plantio da primeira safra do produto, que será colhida em fevereiro de 2013.

Na primeira safra, a cultura deverá ocupar cerca de 20 mil hectares, com produtividade média de 40 sacas de 60 quilos por hectare.

"O ano de 2012 foi muito positivo para a produção de feijão. Além das condições climáticas favoráveis, os preços pagos pelo grão se mantiveram lucrativos, o que estimula a manutenção da cultura. Até o momento, o clima tem sido favorável para o seu desenvolvimento", disse Martins.

Em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, o plantio do feijão está um pouco atrasado devido às chuvas tardias, mas a expectativa é de encerrar o plantio nas próximas semanas. De acordo com o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater-MG Leonardo de Moura Vieira, o clima atual está favorável para o desenvolvimento da safra.

Uma das principais vantagens proporcionada pelo clima atual e que tem contribuído para o desenvolvimento da nova safra é a redução significativa da incidência de mosca branca na cultura, o que reduz a necessidade de pulverizações.

"Os custos com a cultura são elevados, porém com a baixa infestação os produtores economizam muito nos custos com inseticidas, o que é fundamental para ampliar o lucro com a atividade", disse Vieira.


Cotação - De acordo com dados da Emater-MG, a saca de feijão no Estado está cotada em aproximadamente R$ 140, valor que gera lucro significativo para os produtores. A safra das águas é o ciclo com menor custo para o produtor, já que pelo período chuvoso dispensa o uso de irrigação. Atualmente, o custo de produção responde por cerca de 40% dos preços pagos pela saca, o que garante lucro de 60% para os agricultores.

Em Paracatu, no Noroeste do Estado, o plantio do primeiro ciclo da safra 2012/13 deve ser encerrado ainda neste mês. De acordo com o extensionista da Emater-MG Mauro Ianhez, a área a ser ocupada pela cultura deverá girar entre 4 mil e 6 mil hectares, se mantendo praticamente estável em relação ao período produtivo anterior.

O município de Paracatu é o segundo maior produtor de feijão do Estado. Na safra total 2011/12 foram colhidas 42,3 mil toneladas do grão em uma área plantada de 16 mil hectares. A produtividade média é de 2,64 mil toneladas.

"Os produtores de feijão estão apostando nos tratos culturais para ter um maior rendimento na mesma área. Na região existe a concorrência com a soja e com o milho, produtos que estão com preços elevados no mercado e que são utilizados como opção para a rotação de culturas", disse Ianhez.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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