Na semana passada, mais curta devido ao feriado de terça-feira em São Paulo, o mercado de feijão no referencial bolsinha apresentou um volume de ofertas bastante expressivo, porém o aumento na demanda equilibrou o mercado de feijão e os preços apresentaram leve ascensão no período. O feijão preto, por outro lado, seguiu o padrão comercial característico e, mesmo com o elevado numero de dias sem pregão, apresentou oferta restrita e baixo volume de negociações durante os pregões da bolsinha, em São Paulo.
No Paraná, o feijão carioca apresentou leve aumento de 0,82% nas regiões produtoras, passando de um preço médio de R$ 130,36 por saca de 60 quilos na semana retrasada, para um preço de R$ 131,43/sc de 60 kg no fechamento da semana passada. O feijão preto no Estado, no entanto, mostrou desvalorização de 1,43% no período, saindo de um preço médio de R$ 104,45/sc para R$ 102,95 por saca comercializada na semana passada.
O feijão preto nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul apresentou leve elevação no preço da saca. O preço médio das regiões produtoras gaúchas fechou a última semana em R$ 102,65, valorização de 0,98% em relação à semana retrasada, quando o preço médio fechou em R$ 101,65 a saca.
Previsões - Na semana retrasada, as previsões davam conta que devido ao extenso período de tempo sem pregões no mercado atacadista de São Paulo, na volta do mercado haveria uma expressiva oferta, o que poderia levar a um recuo nos preços do feijão carioca. Estas previsões se confirmaram em parte. "Houve um aumento considerável no volume ofertado de feijão carioca no referencial, porém a elevada demanda dos compradores influenciou o mercado a manter os preços estáveis em quase todos os tipos de feijões cariocas durante o período", afirmou o analista de Safras & Mercado Régis Becker.
Na última sexta-feira, a maioria dos tipos de feijões apresentaram valorização no mercado atacadista de São Paulo. A causa da valorização do feijão carioca se deve principalmente à boa procura por feijão nas lavouras de São Paulo, único estado brasileiro que está efetivamente em período de colheita de feijão. Com essa característica, o Estado concentra os compradores de outras regiões brasileiras, o que levou a uma valorização no preço da saca.
Um fato importante desta semana é que o feijão carioca extra teve a sua nota elevada no período passando de 9 para 9,5, fato influenciado pela entrada de lotes de melhor qualidade provenientes da primeira safra paulista, que já está no auge da sua colheita. O feijão carioca extra fechou a semana passada com preço médio de R$ 170,00, mostrando uma valorização no comparativo semanal de 1,5%, ante ao preço de fechamento da semana anterior, de R$ 167,50. O feijão carioca especial, que havia encerrado a R$ 157,50, avançou 3,2% na última sexta-feira e encerra a semana passada cotado a R$ 162,50 por saca.
Carioca - O feijão carioca comercial, nota 8, também teve valorização, passando de R$ 147,50 para o preço médio de R$ 152,50, alta de 3,4% na semana passada. O feijão carioca comercial, nota 7, que terminou a semana retrasada cotado a R$ 127,50, subiu 3,9% na semana passada, com preço médio de 132,50 a saca. O carioca semi-novo, nota 6, foi cotado no período ao preço de R$ 117,50, porém na última sexta-feira, este tipo de feijão não foi cotado, encerrando a semana sem preço definido.
O feijão preto manteve o padrão comercial característico no referencial bolsinha e não apresentou mudanças na semana passada. Com o atraso da colheita nos estados do Sul do país, devido a fatores climáticos diversos na época do plantio da cultura, o mercado segue sendo abastecido por feijão importado da China e Argentina.
Mesmo com o temor do mercado de que a safra do Paraná apresente uma produção inferior a registrada no ano passado, motivada pela migração dos produtores para outras culturas e conseqüente redução na área plantada, ainda há a expectativa de que a produtividade do Estado, maior produtor de feijão do Brasil, supere a do ano passado, o que poderia levar a uma entrada considerável de feijão preto no mercado. Sendo assim, o feijão preto extra fechou a última semana com preço médio de R$ 132,50 a saca, mesmo preço de fechamento da semana retrasada.
Veículo: Diário do Comércio - MG