O dado foi revelado pela Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgada nesta quarta pelo IBGE
A participação das mulheres de Santa Catarina no mercado de trabalho foi destaque na Síntese de Indicadores Sociais 2012 divulgada, nesta quarta-feira, pelo IBGE. Ela mostrou que 68,9% das mulheres com mais de 16 anos estão em trabalhos formais _ a segunda maior taxa do país. Na frente está o Distrito Federal, com 70,7%.
Entre este grupo, o Estado ainda tem o segundo maior índice de participação de mulheres negras ou pardas no mercado formal: 64,8%. No trabalho informal, SC tem 31,1% atuando nele — o segundo menor índice do Brasil.
O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de SC, José Álvaro de Lima Cardoso, diz que o dado acompanha uma tendência nacional de aumento da formalidade e da participação da mulher no mercado.
Apesar disso, ele ressalta que elas ainda sofrem preconceito. São maioria, por exemplo, entre jovens sem ocupação. Entre a população economicamente ativa, são os homens que estão mais presentes no mercado, já que as mulheres precisam dividir o tempo com outras jornadas, como a doméstica.
Outro destaque do Estado relacionando mercado de trabalho e mulheres revela que entre as que têm filhos de 0 a 3 anos na creche, 82,4% estavam ocupadas, sendo o maior percentual nacional. Este é um aspecto positivo, já que a criança interfere na entrada da mulher no mercado. A taxa de mulheres empregadas sem filhos em creches cai para 51,9% no Estado. Mesmo com a queda, consegue ser a maior do país.
Outro dado positivo no Estado mostra que SC é a quarta unidade da federação, onde o percentual de rendimento de pretos e pardos acima de 16 anos é o mais alto em comparação a brancos. Ele é de 71,9%, sendo o maior do Sul do país. No Brasil, a taxa de rendimento de pretos e pardos é 60% do de brancos, sendo que o índice já foi de 50%, em 2001.
Em relação à educação, a pesquisa trouxe números já conhecidos do Estado, como a menor taxa de reprovação nos anos finais do ensino fundamental, de 4,6% e a segunda menor nos anos iniciais, 3,1%, empatado com Minas Gerais. A repetência também é baixa no ensino médio, 7,5% — a terceira menor.
Veículo: Diário Catarinense