Lojas se adaptam a novos padrões de consumo

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As mudanças na sociedade são cada vez mais perceptíveis e constantes. Com isso é necessário que o comércio se adapte, para atender aos novos padrões de consumo e aos diferentes perfis de clientes. Isso é o que demonstra levantamento divulgado ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas). Entre os principais aspectos que merecem a atenção dos lojistas está a necessidade de se investir em treinamentos da equipe de vendas, além da formação de um mix de produtos que inclua itens diferenciados, abrangendo diferentes faixas de preço.

A maioria dos lojistas afirma que as mulheres correspondem a 62,1% de sua clientela. Segundo o supervisor de Pesquisas da entidade, Eduardo Gonçalves Dias, a ascensão da mulher no mercado de trabalho foi o responsável por impulsionar o resultado. "Antes disso, o sexo feminino tinha um papel secundário, no que se refere às decisões de compra. Mas, hoje, ela muitas vezes já recebe a maior renda da casa, podendo ir às compras não apenas para satisfazer as necessidades e desejos da família, mas também os próprios", analisa.

Outra mudança foi observada em relação à orientação sexual. Segundo o levantamento, 83,9% dos lojistas têm clientes GLBT, sigla para gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Dias acrescenta que o dado reforça a importância do grupo enquanto consumidor. Assim, o lojista precisa profissionalizar ainda mais seu atendimento, a fim de evitar qualquer discriminação ou preconceito. O público GLBT, segundo o estudo, tende a ser leal aos estabelecimentos que freqüenta, sendo que 45,8% afirmaram ser "altamente fiéis".

O estudo informa, ainda, algumas características específicas do comportamento de consumo do grupo. Parte significativa deles, 38%, são exigentes na escolha dos produtos. Entre os principais diferenciais observados está o atendimento exclusivo, 44,1%, seguido pelo preço, 24,9% e um mix diferenciado, 21,4%.

A fim de atender a um público cada vez mais amplo, 59,2% das lojas buscam oferecer produtos que abrange diferentes faixas de preço, incluindo itens caros e outros mais baratos, uma vez que a maior parte do público atendido, 46,5%, pertence à classe média. Tal camada da população demanda, em alguns momentos, artigos mais sofisticados e, em outros, bem mais simples. Em relação à raça, os empresários afirmaram que a parcela mais significativa dos seus clientes, 35,2%, são pardos, 31,5% brancos e 25,8% negros.

A Fecomércio Minas ouviu 300 empresários, de todas as regiões de Belo Horizonte, entre os dias 07 e 13 de novembro.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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