Comércio considera 'pacotinho' ineficaz para país crescer

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Para setor, desoneração da folha e redução do IPI são medidas pontuais, com efeito no emprego, e não em investimentos

Associações defendem isenção total da folha de pagamento; para órgão, medida mantém renda e cria mais empregos


A desoneração da folha de pagamento no comércio varejista, da forma anunciada pelo governo, e a redução do IPI para a linha branca até junho de 2013 são medidas pontuais e ineficazes para atrair investimentos necessários para o crescimento do país. A avaliação é de associações que representam o setor no país, no Estado de São Paulo e na capital paulista.

O governo anunciou anteontem que substituirá a contribuição previdenciária paga pelo empregador (de 20% sobre a folha de pagamento) por uma alíquota de 1% sobre o faturamento.

"O efeito da medida não é o mesmo para todos os segmentos. Se os produtos vendidos são de menor valor e a mão de obra é mais intensiva, o impacto de tributar 1% do faturamento é um. Se os produtos são de maior valor e o número de empregados é menor, talvez compense a empresa pagar os 20% sobre a folha", diz Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo.

Ele defende que cada comerciante possa escolher a forma de contribuição.

Apesar de apoiar as medidas, a Fecomercio SP considera que são ineficientes para estimular investimentos. "Esse é o 14º 'pacotinho' desde 2011. O governo tem de reduzir custos, cuidar de metas fiscais e da inflação", diz Fabio Pina, economista da federação. "Se estamos no pleno emprego, por que pensar apenas na criação de vagas?"

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas acredita que a desoneração estimulará o setor a reter mais temporários. "O processo era de expansão de números de lojas, mas não do emprego em cada uma delas. Agora, com mais estímulo, o número de funcionários por loja ou a ampliação de turnos aumentará", diz Roque Pellizzaro Junior, presidente.

Para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo, a medida é "essencial para a geração de empregos e renda".



Veículo: Folha de S.Paulo


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