As indústrias produtoras de cloro e soda fecharam 2012 com crescimento tímido, em torno de 2%, mas trabalham com uma perspectiva maior de expansão para 2013. "Estamos otimistas. Acreditamos que a economia como um todo vai melhorar", disse Aníbal do Vale, presidente da Associação Brasileira de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor).
De janeiro a novembro, a produção de cloro totalizou 1,153 milhão de toneladas, crescimento de 2,1% sobre igual período de 2011. As vendas totais do produto atingiram 151,1 mil toneladas, crescimento de 4,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O uso cativo - utilização do cloro pelas próprias fábricas para a produção de derivados - ficou em 1,004 milhão de toneladas, alta de 1,7%. O consumo aparente ficou em 1,159 milhão de toneladas.
Já a produção de soda cáustica nos 11 meses do ano passado atingiu 1,269 milhão de toneladas, elevação de 1,9% em relação a igual período do ano anterior. As vendas totais ficaram em 1,126 milhão de toneladas, aumento de 5% sobre janeiro a novembro de 2011. O uso cativo recuou 3,1%, para 130,5 mil toneladas na mesma comparação. O consumo aparente do setor ficou em 2,291 milhões de toneladas, praticamente inalterado sobre o mesmo período de 2011. As indústrias importaram 1,039 milhão no mesmo período, baixa de 2,1% sobre os 11 meses de 2011.
A taxa média de utilização da capacidade instalada das indústrias de cloro e soda ficou em 83,9% no período, um aumento de 2,1% sobre janeiro a novembro de um ano antes.
Segundo Vale, a desaceleração global da economia repercutiu em alguns segmentos atendidos pela indústria, como papel e celulose e alumínio. "Considerando a expectativa de crescimento do PIB, em 1%, o setor teve um bom desempenho". A Abiclor não prevê grandes aportes desses dois setores para 2013. "As medidas tomadas pelo governo, como a redução dos custos de energia e desoneração dos encargos trabalhistas podem dar novo alento às indústrias."
Veículo: Valor Econômico