Cesta básica do Recife teve a terceira maior alta do país em 2012

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A farinha foi o item que mais subiu de preço em 2012: 53,82%, segundo o Dieese


A cidade do Recife encerrou o ano de 2012 em terceiro lugar num ranking composto por 17 capitais brasileiras, no tocante à inflação do valor da cesta básica. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as três maiores altas do Brasil foram constatadas em Fortaleza (17,46%), em João Pessoa (16,47%) e no Recife (15,26%). Os menores aumentos foram verificados em Vitória (5,63%), em Porto Alegre (6,32%) e em Goiânia (6,68%).

A cesta encerrou o ano custando R$ 248,95 na capital pernambucana, o equivalente a 43,5% do salário mínimo líquido. Entre os produtos que registraram maior variação de preço no Recife, ao longo do ano passado, estão a farinha (53,82%), o tomate (37,36%), o feijão (36,23%), o arroz (32,97%) e o óleo de cozinha (25,3%). Já o açúcar apresentou queda de 4,67% em seu preço médio, segundo a pesquisa do Dieese. A carne também teve redução de 0,39% na cidade. Ao todo, 13 itens são avaliados pelo Dieese.

Os itens da cesta básica tiveram elevação de preço nas 17 capitais onde a entidade fez a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Em nove, os reajustes superaram os 10%.

No último mês do ano, a lista de capitais pesquisadas foi acrescida de Campo Grande, capital de Mato Grosso, cujos dados, no entanto, não foram considerados no levantamento anual. Em dezembro, 15 das 18 localidades apresentaram avanços de preços, com destaque para Goiânia (10,61%), o Rio de Janeiro (3,58%) e Brasília (3,41%). No mesmo período, houve queda nas seguintes capitais: Natal (-2,75%), Vitória (-1,50%) e Aracaju (-0,76%).

A cesta mais cara continua sendo a de São Paulo (R$ 304,90). Em seguida, vêm as de Porto Alegre (R$ 294,37), de Vitória (R$ 290,89) e de Belo Horizonte (R$ 290,88). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 204,06), em Salvador (R$ 227,12) e em João Pessoa (R$ 237,85).

Para custear as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário deveria ter sido R$ 2.561,47, em dezembro, quantia 4,12 vezes o valor em vigor (R$ 622). Em novembro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.514,09, ou 4,04 vezes o piso vigente.

A jornada de trabalho necessária para a aquisição da cesta básica foi estimada em 93 horas e 54 minutos, acima tempo calculado no mês anterior (92 horas e dez minutos), mas abaixo do tempo estimado em igual período de 2011 (97 horas e 22 minutos).

Em dezembro, das 18 localidades pesquisadas, dez apresentaram aumento do arroz, como os maiores avanços em Goiânia (12,50%), Salvador (11,32%) e Natal (7,69%). No Rio de Janeiro, a cotação ficou estável e nas demais capitais ocorreram reduções, entre elas João Pessoa (-2,04%), Brasília (-2,03%) e Campo Grande (-1,99%).

A carne bovina teve aumento de preço em oito capitais, número menor do que em 2011, quando houve alta em 15 localidades. Os três maiores reajustes foram verificados em Salvador (10,98%), em Florianópolis (10,04%) e em Aracaju (8,65%). Em dezembro, as altas foram mais expressivas em Goiânia (9,26%), em Florianópolis (8,38%) e em Natal (1,36%)..



Veículo: Diário de Pernambuco


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