O azeite que o consumidor encontrará na prateleira do supermercado em 2013 será mais caro, de acordo com empresas do setor.
Após uma safra ruim no ano passado, o custo da matéria-prima subiu 40% desde agosto até agora.
"Ainda não está claro onde o preço final vai parar e como será a evolução climática para a próxima colheita. Por enquanto, havia um estoque que foi sendo consumido. Mas há uma crise na origem mediterrânea", diz Bernardo Pontes, diretor da Borges para a América Latina.
"Vai ser inevitável. E ficará visível em todas as marcas no decorrer do ano. Já subimos cerca de 8% desde o final do ano passado", afirma Nuno Miranda, gestor de mercado da Sovena, dona da marca Andorinha.
As fontes alternativas, como Austrália, Chile e algumas regiões do Oriente Médio, não têm condição de suprir a redução da oferta de países como Portugal e Espanha, segundo Pontes.
O setor ainda se pergunta se o consumo cairá com o aumento do preço.
"A questão é saber se o azeite nos últimos cinco anos emplacou de tal maneira que o impeça de sofrer tanto agora", diz Pontes.
Para Miranda, a demanda não será abalada. "Já houve aumentos anteriores que não inviabilizaram o crescimento do mercado. Tem havido um movimento de expansão do consumo do produto no Brasil pelo próprio desenvolvimento econômico, que amplia o acesso."
Veículo: Folha de S.Paulo