Venda da Unilever sobe 11,4% nos emergentes

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O CEO mundial da Unilever, Paul Polman, disse ontem a analistas nos Estados Unidos que os negócios em mercados emergentes continuam sendo o "motor de crescimento" da empresa. Segundo ele, esse grupo de países responde por 90% da expansão da companhia anglo-holandesa, dona do sabão Omo, do sorvete Kibon, e do xampu Seda, entre outros produtos.

As vendas globais da Unilever cresceram de 7,8% no quarto trimestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011. Os mercados emergentes contribuíram com uma alta de 10,8%. Os mercados desenvolvidos mostraram aumento de 4%. Os dados excluem impactos de aquisições, alienações e variações cambiais.

Em todo o ano de 2012, a diferença foi ainda maior: crescimento de 11,4% nos emergentes e de 1,6% nos desenvolvidos. Nestes, houve queda no volume de vendas na comparação anual. Os emergentes já representam 55% das vendas da Unilever e seu crescimento é a principal aposta da empresa para dobrar a receita em dez anos, atingindo receita de € 80 milhões em 2020. O grupo encerrou 2012 com vendas de € 51,3 bilhões.

Brasil e Argentina impulsionaram esse crescimento, segundo a companhia. Segundo Polman, a estreia da linha capilar Tresemmé no Brasil foi um dos lançamentos mais bem sucedidos da Unilever em muitos anos, adicionando mais de € 150 milhões em vendas no primeiro ano. O executivo acrescentou que isso representa cerca de 15% do total do volume de negócios obtido com a aquisição da americana Alberto Culver, dona da marca Tresemmé.

As vendas na América Latina cresceram 11,6% no quarto trimestre, em relação a igual período de 2011. Este é o sexto crescimento consecutivo de dois dígitos na região, informou a empresa.

A companhia teve avanço de 5,4% no lucro líquido, para € 4,48 bilhões (US$ 5,96 bilhões), ante € 4,25 bilhões registrados há um ano. Unilever é a segunda maior do mundo no setor de bens de consumo, atrás da americana Procter & Gamble, que deve anunciar seu balanço de 2012 na sexta-feira.

A Unilever observou que o mercado global mostra-se desafiador devido "à intensa competição e à volatilidade de custos". Ainda assim, projeta uma expansão rentável do volume de vendas e uma melhora sustentável da margem operacional no longo prazo.

 

Veículo: Valor Econômico


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