Genéricos obtêm o menor crescimento desde seu surgimento

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O mercado de medicamentos genéricos registrou em 2012 crescimento de 17% no volume de unidades vendidas em comparação a 2011. Foram comercializados 679,6 milhões de unidades frente aos 580,8 milhões registrados no ano anterior. Apesar da alta, este foi o menor crescimento, em volume, da história dos genéricos desde que a categoria chegou ao mercado brasileiro, em 2001.

As vendas movimentaram R$ 11,1 bilhões no ano passado, 40,6% a mais que os R$ 8,7 bilhões auferidos em 2011. O valor, auditado pelo IMS Health, não considera os descontos de mais de 50% oferecidos pela indústria ao varejo e se baseia nos registros de preços junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Além da desaceleração na economia nacional como um todo, a presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles, credita o pior desempenho à queda no ritmo de expiração de patentes. "Esperávamos que o acesso se expandisse, compensando a redução da entrada de novos produtos no mercado, o que não aconteceu", afirma.

Em 2011, o mercado de genéricos havia registrado crescimento de 32,3% no volume de unidades vendidas na comparação com 2010, com avanço de 41% em valor. "No início do ano passado, esperávamos atingir até 35% [de crescimento em volume]", diz Telma.

A diminuição do crescimento, porém, não impediu que o segmento desse um salto na participação de mercado em unidades, que fechou com média de 26,3% em 2012, contra 24,9% em 2011. Em valores, o market share atingiu a marca de 22,4%, contra 20,5% no ano anterior. O avanço, no entanto, ficou bem abaixo das expectativa da Pró Genéricos, que era de atingir 30% de participação em valor no ano que passou.

A performance dos genéricos em 2012 se manteve acima do conjunto da indústria farmacêutica brasileira, que cresceu apenas 10,8%. Excluída a participação dos genéricos nas vendas do setor, o crescimento é ainda menor, atingindo a marca de 8,8%. "Em 2013, esperamos que uma conjuntura econômica mais robusta nos ajude a recuperar os índices de crescimento de anos anteriores", conclui a porta-voz.

Teuto

Mesmo com o avanço menor do mercado, o laboratório Teuto Pfizer espera manter forte ritmo de crescimento. A empresa instalou, entre janeiro e fevereiro, novas emblistadeiras em seu setor de produção de sólidos. Segundo o gerente do segmento, Ronan Faleiro, ainda serão instalados novos equipamentos de manipulação, compressão e encapsulamento. A companhia espera dobrar de faturamento até o final do ano.



Veículo: DCI


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