Televisores OLED começam a chegar ao mercado neste ano, mas preços ainda são salgados
A próxima geração de TVs atende por uma sigla de cinco letras: OLED. O nome pomposo “Organic Light Emitting Diode” pode ser traduzido de forma simples: televisores com essa tecnologia são mais finos, consomem menos energia, oferecem melhor reprodução de cores e têm altíssima definição. E podem ter telas flexíveis. “A tecnologia de TV evolui para esse equipamento ser a janela do consumidor”, compara Carlos Paschoal, gerente geral de Marketing da Sony.
No mês passado, a consultoria DisplaySearch estimou que,em 2016, o mercado mundial de TVs OLED deve chegar a 7,2 milhões de unidades.Outra consultoria, a IHS iSuppli, calculou,emoutubro, que a receita gerada por televisores OLED chegará a US$ 13,9 bilhões em 2016, a partir de US$ 500 milhões em 2013, a caminho de US$ 17,3 bilhões em 2017. Os primeiros modelos com grandes telas chegam ao mercado este ano, mas ainda terão baixos volumes e preços altos —na casa de US$ 10 mil para modelos de 55 polegadas, calcula a Display Search.
“Com certeza vai começar pelas séries top dos fabricantes. À medida que aumenta a demanda, passa a custar menos. Vai ser a mesma evolução que vimos com plasma e LCD”, diz Jorginaldo Dantas, gerente de Marketing técnico da TP Vision, cujas TVs têm a marca Philips. A LG saiu na frente na corrida do OLED. Desde janeiro aceita pedidos, na Coréia do Sul, de seu primeiro modelo comercial, com 55 polegadas, por US$ 10 mil. Aindanoprimeiro trimestre, promete lançar em outras regiões do mundo, incluindo a América do Sul. Já a TP Vision não terá produtosOLEDem2013 e a japonesaPanasonic estáemfase de desenvolvimento de televisores.
Renata Assis, diretora de Marketing da Panasonic, calcula que as TVs OLED estarão no mercado em um ou dois anos, incluindo o Brasil, foco da empresa. E objetivo é apresentar produtos com preços menos salgados do que ocorreu com os primeiros televisores LED, LCD e de plasma. “A intenção é que isso não se repita, porque os primeiros consumidores ficam frustrados. É óbvio que no começo tem um preço premium, para gerar desejo e demanda, mas nada como foi no passado”.
Paschoal afirma que na Sony o OLED ainda está em fase de maturação. “Precisa passar por testes de usabilidade e preço com o consumidor final. Nossa expectativa é ter em dois a três anos”. Por hora, a aposta da empresa é a TV 4K, com quatro vezes mais definição do que os aparelhos LED. “Pretendemos ter produtos acessíveis a todos os bolsos neste ano. Hoje o 4K é o acessível para o consumidor.”
Veículo: Brasil Econômico