A indústria nacional de brinquedos está recuperando o espaço ocupado pelos importados nos últimos anos.
Em 2012, a entrada dos produtos vindos do exterior teve queda de 3,9% em valores e de 3,2% em volume, segundo dados levantados pela Abrinq (associação nacional dos fabricantes) com a Secretaria de Comércio Exterior.
Maior controle de aduanas, perda de competitividade dos brinquedos chineses e medidas adotadas pelo governo brasileiro ajudaram o setor.
"A fiscalização nos portos foi um dos fatores principais. O preço médio do quilo importado cresceu 12,16% em janeiro, o que indica queda de subfaturamento", diz o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa.
Para ele, o aumento do salário mínimo na China não afeta muito o mercado brasileiro: "A alta de 19,2% em fevereiro corresponde à uma elevação de 4,9% no preço do brinquedo. Isso não é nada".
Aires Leal Fernandes, diretor da Estrela, discorda.
"Sem dúvida os salários chineses afetaram nosso mix de produtos", diz.
A empresa, que é fabricante e importadora, deve ter 70% de seu faturamento de 2012 ligado à produção nacional.
"Houve anos em que a empresa importava metade", afirma Fernandes.
A desoneração da folha de pagamentos do setor e o câmbios também favoreceram o produto nacional, segundo Fernandes, que acredita que o movimento deve se repetir em 2013. "Neste ano, teremos também energia mais barata."
Veículo: Folha de S.Paulo