Os preços dos produtos básicos que mais afetam a inflação no Brasil recuaram pelo segundo mês consecutivo em fevereiro. Os preços do segmento de commodities medidos pelo Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) tiveram deflação de 2,97% em relação a janeiro, maior queda desde outubro de 2011.
Em janeiro deste ano, o recuo havia sido de 1,41% ante dezembro de 2012. Apesar de acumular queda de 4,34% no primeiro bimestre de 2013, o índice do BC ainda registra alta de 8,31% nos últimos 12 meses.
No mês passado, houve queda de 3,83% no segmento agropecuário, que inclui itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco, entre outros. O grupo energia apresentou deflação de 0,10% na comparação mensal.
Nesse segmento estão incluídos preços de petróleo, gás natural e carvão. Os preços dos metais, entre eles alumínio e minério de ferro, tiveram recuo de 1,72% na mesma comparação.
China. De acordo com relatório do Itaú Unibanco, a queda nos preços dos metais básicos e parte do recuo nos preços de energia podem ser atribuídos a indicações de que o governo chinês pode implantar novas medidas para esfriar o mercado imobiliário do país e à expectativa de uma política monetária menos expansionista nos Estados Unidos.
Em relação aos produtos agrícolas, o banco destaca a melhora das condições climáticas para a safra de trigo de inverno nos Estados Unidos e atrasos nos embarques do Brasil e da Argentina, que aumentaram a demanda pelos grãos produzidos no mercado americano.
Dólar. O BC também informou ontem que a entrada de dólares no País superou a saída em US$ 3,1 bilhões na semana passada. O movimento se deveu tanto ao comércio exterior como ao movimento de recursos financeiros. No ano, o País ainda apresenta saldo negativo no câmbio no valor de US$ 2,1 bilhões, com mais saída do que entrada de dólares. Em fevereiro, houve saída de US$ 105 milhões.
Veículo: O Estado de S.Paulo