SÃO PAULO - As políticas de estímulo ao consumo asseguram o avanço a longo prazo das empresas do varejo. De cada dez comerciantes brasileiros, sete atuam no mercado há mais de cinco anos, conforme mostra estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A pesquisa revela que 73% dos empreendedores do setor "conseguiram a tão sonhada estabilidade". O motivo para tal otimismo se fundamenta no aumento da massa salarial, expansão do crédito, planejamento financeiro das famílias e a redução na taxa de juros. Apesar da previsão modesta de alta no Produto Interno Bruto (PIB) - cerca de 3% - para 2013, a maioria dos varejistas ainda visualiza bons resultados para o mesmo período.
Segundo o levantamento, 89% dos entrevistados acreditam que o faturamento deste ano será "ainda melhor" do que o atingido no ano passado, quando o PIB cresceu 0,9%.
A prova de que, mesmo com a desaceleração da economia, o setor ainda continua nos trilhos pode ser observada na expectativa de aumento de empregos por parte dos comerciantes. 58% deles disseram que almejam contratar mais funcionários, em 2013.
Os aportes aplicados ao segmento também permanecem em alta. De acordo com o estudo, 575 dos entrevistados pretendem investir no próprio negócio este ano. O levantamento foi realizado com 615 varejistas de todas as capitais brasileiras.
Exemplos
Os maiores exemplos do processo de consolidação pelo qual passa o varejo nos últimos anos se localiza na área supermercadista. São os casos do Walmart e do Grupo Pão de Açúcar.
A rede americana registrou crescimento nas vendas brutas do País de 11,3% no último trimestre do ano passado, enquanto a empresa, controlada atualmente pelo grupo francês Casino, na área alimentar, obteve incremento de 9,7% no igual período.
Tanto uma como a outra investe no desenvolvimento e expansão de novas bandeiras - mais adequadas às suas zonas de atuação - para incrementar o faturamento das redes.
Outro segmento que se revela cada vez mais consolidado no mercado brasileiro é o de shopping centers. Sustentado pelo bom desempenho das franquias, o setor não para de crescer com novas inaugurações, de norte a sul do Brasil, a cada ano.
Especula-se que aproximadamente 20% das vendas do varejo sejam feitas através de centros comerciais, número ainda baixo para o que o mesmo setor tem de participação no mercado de países desenvolvidos, como o dos Estados Unidos.
Veículo: DCI