Fazer salada e molhos está cada vez mais caro. Nesta semana, os consumidores do Grande ABC terão que desembolsar até R$ 10 pelo quilo do tomate. O item, que pertence ao grupo dos hortifrutigranjeiros, encareceu 17,46% em apenas sete dias. O alimento foi encontrado entre os mercados da região por R$ 9,98 (no estabelecimento mais caro) e por R$ 5,99 (no mais barato).
Para se ter ideia, o valor que a dona de casa paga atualmente pelo fruto é o dobro do preço médio do quilo do frango resfriado - comercializado por R$ 4,59. "Chega a ser um absurdo. O pior é que os custos só se elevam e as pessoas compram mesmo assim", afirma o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto - responsável pela pesquisa.
No ano passado, neste mesmo período, o tomate era vendido por R$ 3, em média - diferença de 233% com o preço encontrado hoje na região.
Neste ano, as chuvas do início de março danificaram o alimento, por ser altamente perecível. Com isso, o estoque do item com qualidade que vai para as prateleiras dos mercados é menor e o custo aumenta. "O pico de preço do tomate costuma ser entre maio e junho e neste ano notamos que esse período adiantou", explica.
ALTERNATIVAS - Uma das alternativas para quem não abre mão do item em suas refeições, mas que não pode gastar muito, é dar espaço aos extratos de tomate, cuja lata com 340 gramas é vendida a R$ 2,20, em média (variando entre R$ 1,15 e R$ 2,99). "Algumas marcas de tomate pelado em lata, que geralmente são importadas, têm o mesmo valor do (alimento) fresco", indica Benedetto. No caso da salada, algumas frutas, como o morango, podem ser opções.
CESTA BÁSICA - Devido à alta do fruto e também de outros alimentos in natura, a cesta básica passou a custar R$ 443,36 entre as sete cidades, R$ 5,78 a mais do que há uma semana (R$ 437,58).
A unidade de alface é vendida por R$ 2,04 na média (alta de 9,68%) e o quilo da laranja- pera a R$ 1,57 (reajuste de 9,03%), por exemplo.
O pacote de cinco quilos do arroz também está mais ‘salgado'. O produto custa R$ 9,40 em média, alta de 3,52%. E o quilo do feijão-carioquinha também não para de encarecer. A elevação chega a 4,72%, custando em média R$ 5,10, conforme a Craisa. "Neste caso, a variação entre os estabelecimentos é grande, chegando a 40%. O consumidor deve pesquisar, pois esses valores já são uma questão de mercado. Se um estabelecimento sobe o preço, todos fazem igual."
As carnes, por sua vez, estão com preços menores. O frango teve redução de 4,18%. E as carnes bovinas de primeira e de segunda apresentaram queda de 4,16% e 3,97%, respectivamente.
Veículo: Diário do Grande ABC