Petros quer investir mais em empresas do setor de consumo

Leia em 2min 10s

Para diretor do fundo de pensão da Petrobrás, ainda não há consenso sobre o nome de Abilio Diniz para a BRF


O Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, planeja expandir sua presença no capital das empresas ligadas ao setor de consumo. A meta tem como pano de fundo fugir da queda de rentabilidade dos títulos públicos e aproveitar o recente aumento de renda da população brasileira.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o diretor de investimento do fundo de pensão, Carlos Fernando Costa, revelou que os primeiros passos nessa direção já foram dados com a compra de fatias acionárias na Dasa (10,21%) e na Marcopolo (10%) no ano passado.

A principal aposta hoje da fundação no segmento de consumo é na BRF, onde detém 12,74% do capital. Um ativo atualmente no holofote dos investidores. A expectativa é de que a assembleia do dia 9 de abril gere novas polêmicas. O Petros ainda não bateu o martelo sobre a indicação do empresário Abilio Diniz para a presidência do conselho de administração da BRF.

Costa adianta que o fundo de pensão está analisando se o empresário é o nome certo para o cargo. "O Petros entende que o Abílio agrega valor ao conselho da BRF. Em nenhum momento o fundo questiona a capacidade e a competência do Abílio. O que estamos avaliando é a questão da presidência", afirmou.

A dúvida do Petros é se o empresário é o nome correto para conduzir o atual plano de expansão da BRF. "O presidente do conselho, junto com o presidente da companhia, será o condutor. A avaliação que estamos fazendo é se, neste momento, para o Petros, Abilio seria o melhor condutor", disse.

Juros. O executivo destacou a queda dos juros para o patamar de um dígito. Ele lembrou que o cenário de investimentos das fundações mudou radicalmente. Segundo ele, o setor terá de assumir mais riscos para conseguir bater as metas atuariais a partir de agora. Movimento que exigirá uma maior diversificação da pauta de investimentos dos fundos.

O plano do Petros é ampliar para até 39% a fatia do patrimônio do fundo aplicado no segmento de renda variável. Atualmente, a participação está em 37%. A parcela direcionada à renda fixa caiu acentuadamente nos últimos quatro anos, mas a tendência agora é de uma acomodação.

Entretanto, destacou Costa, o perfil de alocação dos recursos em renda fixa vai mudar. No passado, a maior parte era aplicada em títulos públicos. Com a mudança de cenário, o plano é migrar parte desse patrimônio para crédito privado e fundos de investimentos. A meta é ampliar dos atuais 16% para até 20% a parcela do patrimônio aplicado nesse segmento.



Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Francesa Jacquet planeja sete fábricas no Brasil

Meta da fabricante de pães e bolos é alcançar a liderança no país nas próximas...

Veja mais
Bancas de jornal poderão virar minimercados

Projeto do presidente da Câmara Municipal libera a venda de alimentos, itens de higiene, roupas e até de el...

Veja mais
Preços dos medicamentos terão reajuste de até 6,31%

Governo autoriza reajuste de 6,31% nos preços dos medicamentos O menor reajuste autorizado, entre os tipos de rem...

Veja mais
Coca-Cola gasta com Jogos, mas venda cai

A Coca-Cola, maior fabricante mundial de refrigerantes (em receitas), perdeu participação de mercado no Re...

Veja mais
Suíça Vitol começará a operar com grãos

A Vitol, uma das maiores comercializadoras independentes de petróleo do mundo, contratou toda uma equipe da tradi...

Veja mais
Deca fecha fábrica e demite na Argentina

A Deca, empresa brasileira que fabrica louças e materiais sanitários, desistiu de fabricar diretamente seu...

Veja mais
Propaganda volta às ruas da cidade com anúncio de cerveja

Seis anos e três meses após o início da vigência da Lei Cidade Limpa, coube a uma marca de cer...

Veja mais
Licitações podem aliviar 50% da demanda em portos do sul

As licitações dos mais de 10 mil quilômetros de ferrovia prometidas para o segundo semestre deste an...

Veja mais
Venda de produtos de beleza chega a US$ 42 bilhões em 2012

O Brasil manteve-se na terceira posição mundial na venda de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosm...

Veja mais