A fabricante americana de cosméticos Avon vai sair da Irlanda e fechar mais 400 postos de trabalho no mundo, num momento em que tenta sanar seus problemas.
As medidas, anunciadas ontem, se somam ao fechamento de 1,5 mil vagas anunciado pela CEO Sheri McCoy em dezembro, quando o grupo informou também que se retiraria da Coreia do Sul e do Vietnã.
Sheri prometeu reduzir os custos em US$ 400 milhões até 2016. Ela foi contratada no ano passado para revitalizar a Avon após anos nos quais a empresa de venda porta a porta foi afligida por percalços de ordem judicial e operacional e pela queda de receita e de lucros.
A Avon descreveu a Irlanda como um mercado "de menor porte, de desempenho inferior à média", e afirmou que vai fechar ou reestruturar suas operações em outros países da Europa, Oriente Médio e África, sem identificá-los.
A empresa informou que seus cortes visam "aumentar as eficiências e concentrar os recursos em mercados e atividades altamente prioritários".
O crescimento da Avon perdeu fôlego nos Estados Unidos, seu mercado de origem, e em seus mercados emergentes mais importantes, o Brasil e a Rússia.
Na Irlanda a Avon tinha 10 funcionários e 5 mil revendedoras, sobre um total mundial de 6 milhões de revendedoras.
As ações da empresa alcançaram um pico de baixa em dezembro, mas tiveram recuperação de 42% este ano, com o avanço da confiança do investidor nos esforços de Sheri. Ontem os papéis tiveram alta de 0,8%, para US$ 20,42.
"Continuamos a nos empenhar agressivamente pela recuperação dos resultados da empresa", disse Sheri em comunicado. No ano passado Andrea Jung deixou a empresa após dez anos como CEO da Avon.
Veículo: Valor Econômico