Comércio eletrônico já é afetado pela inflação

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Pesquisa de intenção de compra do consumidor revela queda generalizada em todos os segmentos na comparação com 2012

O novo nível de inflação, que em 12 meses pode ultrapassar 6,5%, já começa a afetar a capacidade de compra de bens pelo consumidor, tanto no varejo tradicional como no comércio eletrônico. Esse limite ao consumo apareceu em resultados da Pesquisa de Intenção de Compra para o segundo trimestre, feita pelo Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Entre abril e junho, houve retração na intenção de compra de bens duráveis em 10 de 13 linhas de produtos pesquisados, ante o segundo trimestre de 2012. Na internet, a queda da intenção de compra foi generalizada para todos os segmentos nas mesmas bases de comparação. Segundo a pesquisa, feita em parceria com a empresa de informações do comércio eletrônico e-bit, 76,5% dos consumidores planejam ir às compras em lojas virtuais no 2.º trimestre, 7,4 pontos porcentuais abaixo do primeiro trimestre e o menor resultado da série da pesquisa iniciada em 2007.

No caso do varejo tradicional, 56,8% dos 500 entrevistados em março pretendem comprar bens duráveis e semiduráveis entre abril e junho, resultado ligeiramente superior em relação ao 1.º trimestre e estável ante o mesmo período de 2012.

Segundo o presidente do Conselho do Provar, Claudio Felisoni de Angelo, apesar do ligeiro crescimento na intenção de consumo das lojas físicas para este trimestre por causa das datas importantes como Dia das Mães e Dia dos Namorados, a perspectiva é de forte desaceleração no volume de compras por causa da alta da inflação. Para o segundo trimestre, ele projeta aumento de 1,3% nas vendas. "Essa projeção é conservadora", diz. Em igual período de 2012, a alta foi de 6,1%.

De acordo com Nuno Fuoto, diretor do Provar, há vários sinais de esgotamento da capacidade de compra. Neste trimestre, sobram 10% do orçamento de recursos para consumo, depois de cobertas todas as despesas básicas. No primeiro trimestre deste ano e no segundo trimestre de 2012, essa fatia era de 11,4%. Também cresceu, de 14,8% no primeiro trimestre para 16,4% no segundo trimestre, a fatia do orçamento comprometida com crediário. Fuoto observa que outro sinal de esgotamento é que o índice de transferência de compras entre produtos hoje está muito baixo. Isso ocorre quando há restrição na renda.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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