Em 2012, foram vendidas 19 milhões de unidades em 2012; em 2013 serão vendidos 22,6 milhões.
Com o avanço da informatização no País – puxado principalmente pelo popularização dos tablets –, o Brasil alcançará a média de um computador por habitante em 2016. A conclusão é da 24ª edição da pesquisa anual "Administração e Uso de TI nas empresas", divulgada ontem pelo GVCia–Centro de Tecnologia da Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV).
Hoje, segundo o levantamento, há no País 118 milhões de máquinas em uso tanto corporativo como doméstico, o que significa uma penetração de 60% – ou seja, 3 para cada 5 habitantes. "Até 2016, esse número vai pular para 200 milhões. A nova previsão antecipa em um ano (ante a pesquisa anterior) que essa penetração chegue a 100% per capita puxada pelo crescimento de unidades vendidas. O principal motivo são tablets", explica o coordenador da pesquisa Fernando Meirelles.
Já a venda de computadores – 19 milhões de unidades em 2012 –, continuará a aumentar: a pesquisa estima que em 2013 serão vendidos 22,6 milhões, o que equivale a uma unidade por segundo. "Com isso, o Brasil fica bem acima da média mundial do uso de computadores (41%), telefones e TVs", destacou o professor.
Por outro lado, comparativamente, a pesquisa mostra que o Brasil tem mais telefones em uso – "que dependendo do modelo, já fazem tudo o que uma TV ou um computador pessoal fazem", lembrou Meirelles – que habitantes. A penetração é de 156%, ou três para cada dois usuários, mesma taxa dos EUA e acima da média mundial (de 115%).
Nas empresas – Gastos e investimentos com Tecnologia da Informação (TI), que representaram 7,2% da receita líquida das empresas em 2012 (sendo que aproximadamente 60% incluem nesse tipo de gasto também o desembolso com Telecom, informou Meirelles), além de terem triplicado nos últimos 18 anos, devem chegar a 8% desse montante até 2017, informou a pesquisa, que entrevistou 5 mil empresas médias e grandes.
Já o Custo Anual por Usuário (CAPU, que computa gastos e investimentos totais no ano dividido pelo número de usuários) subiu para R$ 24,2 mil no ano passado. "É um gasto que cresce mais que o número de usuários. Há um crescimento contínuo dessas despesas ao longo do tempo, que continua a subir de 4% a 6% ao ano. Por isso existe a tendência de que a porcentagem de gastos com TI alcance 8% em quatro, ou no máximo cinco anos", completou Meirelles.
Sistemas, nuvem e etc – No recorte por softwares e sistemas operacionais de gestão, a pesquisa mostra que a Microsoft continua a dominar as estações de trabalho com Windows, Explorer e Office (mais de 90% do uso). O navegador mais usado é o Internet Explorer, com 91%, enquanto o Firefox tem 7% e Outros têm 2%. "O Google Chrome e o Safari ainda não chegaram às empresas", afirmou Meirelles.
Quando se fala em Sistemas Integrados de Gestão (ERPs), a pesquisa da FGV mostra que Microsoft, Totvs, SAP e Oracle mantiveram ou ampliaram a liderança em seus segmentos, com 81% do mercado. Já os programas de Inteligência Analítica continuam responsáveis por parte significativa dos lucros de grandes fabricantes como SAP, Oracle, Totvs, Microsoft e IBM, que lideram o mercado com 78%.
Porém, na filtragem por porte de clientes, a divisão é bem marcada: enquanto a SAP fica com 51% das grandes empresas (mais de 600 teclados), a Totvs é a líder entre as PMEs (até 160 teclados), com 52%.
Por último, os investimentos das empresas com a "nuvem" (o "Cloud Computing") ainda não são computados na pesquisa já que, de acordo com o professor, usar serviços da nuvem não quer dizer que se está "dentro" dela. "É uma resposta 'polêmica', já que as empresas contabilizam esse custo de forma diferente", conclui.
Veículo: Diário do Comércio - SP