Cerca de 25 mil cafeicultores devem ir na quinta-feira à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em Brasília, para pressionar o governo. Na ocasião, vai ser discutida a elevação do preço mínimo da saca de café de 60 quilos para R$ 340, o que, segundo os produtores é suficiente para cobrir os custos de produção. “É grave a situação da cafeicutura, principalmente a de montanha", disse Kátia Abreu, presidente da Confederação Brasileira da Agricultura e Pecuária (CNA). Ela e o presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, estiveram no sábado em Guaxupé, no Sul do estado, sede da maior cooperativa de café do mundo (Cooxupé), para mobilizar os produtores a assistirem à reunião da CMN.
No encontro, a senadora abordou temas como os desafios para a criação de política pública ideal para os cafeicultores brasileiros. Segundo o presidente da cooperativa, Carlos Paulino, o encontro no sábado marcou o início do movimento de reivindicações de políticas públicas para a cafeicultura. Hoje, o produtor recebe R$ 260 por saca, o que vem gerando prejuízos nas fazendas.
“O estado de Minas Gerais é a locomotiva do país na produção de café e a vinda da senadora foi de grande importância, pois estreitamos ainda mais o nosso contato para debatermos assuntos para a melhoria da cafeicultura. Por isso, entregamos documento contendo nossas manifestações do que precisa ser feito em termos de políticas públicas para que o setor seja reconhecido como deve”, explica Carlos Paulino. A cooperativa Cooxupé fechou o ano de 2012 com um faturamento de R$ 2,22 bilhões.
Veículo: Estado de Minas