A indústria nacional de brinquedos acredita que crescerá entre 11% e 12% acima 2012, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Entre os fatores que colaboram estão a desoneração da folha, a alíquota de proteção e a recuperação de parte do mercado ocupado antes pelos chineses e norte-americanos. Outro ponto que pode beneficiar o crescimento da produção são as compras de brinquedos brasileiros feitas pelo governo federal. "Isso terá um grande impacto no setor, porque pode se consolidar como um importante nicho de mercado para as empresas", diz o presidente da Abrinq, Synésio Batista.
Neste ano, a entidade estima que as vendas para o governo atinjam 3% da produção. No ano passado, esse número foi de apenas 0,8%. Para 2013, a indústria nacional e o governo federal devem assinar quatro licitações. No ano passado, foram realizadas duas. "Quando o MEC-FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação] compra, ele coloca parâmetros naquela licitação e aí todas as prefeituras têm a oportunidade de comprar", explica Batista.
Em 2012, a indústria brasileira de brinquedos faturou, aproximadamente, R$ 3,8 milhões. Segundo Batista, em 2013, o setor pode somar R$ 4,3 milhões.
"Tivemos uma surpresa no ano passado. O mercado de brinquedos cresceu 12% e a indústria nacional 14%. Como estava programado, tomamos uma fatia dos chineses e americanos", afirma. O Brasil conta com 371 fábricas que empregam, atualmente, 24.696 funcionários próprios e 2.404 terceirizados. A maioria das indústrias está localizada em São Paulo (85,2%) e no Paraná (3,2%).
"As micro e pequenas empresas representam 80% das indústrias nacionais, no entanto, as 10 maiores do setor lucram, juntas, 60% da receita anual", ressalta Batista. De acordo com o presidente da Abrinq, em 2011, as brasileiras produziram 162 milhões de brinquedos. Já no ano passado, esse número saltou para 185 milhões. Para este ano, as estimativas serão fechadas após a conclusão da Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin), que acontecerá em São Paulo, até o dia 26 de abril.
A entidade aposta que o evento alcance 35% das vendas esperados para o setor, até o final deste ano. Na ocasião, também será assinado um contrato com outros países do Mercosul - Argentina, Paraguai, Venezuela e Uruguai -, para importação de partes e peças com preço menor.
Veículo: DCI