Os fabricantes nacionais abrem hoje a 30ª edição da Abrin – Feira Brasileira de Brinquedos, na Expo Center
Norte, São Paulo, em clima de franco otimismo e de comemoração. Neste ano, informou ontem a Associação
Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), o segmento deve apresentar um faturamento de R$ 4,3 bilhões, 12% a mais que em 2012. De acordo com a entidade representativa do setor, os negócios fechados na feira – da qual participam 180 expositores – representam um terço do faturamento anual.
O momento atual é extremamente positivo, destacou o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa, porque o setor está se beneficiando da elevação do Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) de 1% sem direito a crédito nas importações de brinquedo e graças às compras do governo federal, lideradas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para os alunos do Ensino Fundamental. No ano passado, essas aquisições totalizaram 0,8% do total fabricado; neste ano, espera-se que alcancem 3%.
Um fato que anima os fabricantes nacionais é a queda nas importações que foi de 3,8% no ano passado em relação a 2011 – passando de US$ 418,2 milhões para US$ 402,3 milhões.
Na opinião do presidente da Abrinq, a população ganhou consciência de que pode adquirir brinquedos nacionais de melhor qualidade.
Mercosul – Para explorar melhor o momento positivo, o segmento investe em um programa de integração com os países do Mercosul com o objetivo de não apenas aumentar as exportações mas também integrar as indústrias e instalar um sistema de complementaridade de fabricação de partes, peças e componentes para fazer frente às importações dos brinquedos chineses.
O presidente da Abrinq lembrou que as medidas emergenciais de aumento da alíquota de importação para 35% implementadas pelo Brasil e pela Argentina e a autorização para que o Mercosul proceda a atualização da Norma de Fabricação de Brinquedos, batizada NM 300, também estão contribuindo para o bom desempenho do setor no bloco.
Ainda estão pendentes as ações de tornar definitiva a alíquota de 35% de importação para todos os países, o que inclui Uruguai, Paraguai e Venezuela, estabelecer a alíquota de importação para partes e peças de brinquedos para todos e o reconhecimento mútuo dos certificados de conformidade técnica.
Veículo: Diário do Comércio - SP