Resultado da Unilever fica aquém do previsto

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O grupo anglo-holandês Unilever juntou-se na sexta-feira à lista de companhias de bens de consumo que estão decepcionando os investidores, ao anunciar uma queda das vendas na Europa no primeiro trimestre do ano.

Os fabricantes de alimentos e outros produtos de consumo, um setor cujas ações vêm sendo negociadas a níveis historicamente elevados, estão se dividindo em duas áreas na atual safra de balanços: a dos que estão superando as expectativas, como a Danone da França, e a que estão ficando aquém delas.

A Nestlé e a Diageo, respectivamente o maior grupo de alimentos do mundo e a maior destilaria, divulgaram nos últimos dias ganhos que ficaram aquém das expectativas dos investidores. As ações da Procter & Gamble (P&G) caíram forte na quarta-feira depois que a dona de marcas como Pantene anunciou vendas desapontadoras.

A Unilever, fabricante do xampu Dove, teve de enfrentar os fortes números comparativos do mesmo período do ano passado e o clima ruim na primavera europeia, que afetou as vendas de sorvetes.

A companhia divulgou um aumento nas vendas anualizadas do primeiro trimestre de 4,9%, 70 pontos-base abaixo das expectativas de consenso do mercado. Em uma base detalhada e levando em conta o impacto negativo do câmbio, a receita da Unilever cresceu 0,2% para € 12,2 bilhões.

Em termos gerais, a Europa mostrou ser o ponto fraco; as vendas recuaram 3,1% depois que a população comprou menos produtos da Unilever e pagou menos por eles. "O sul da Europa continua especialmente difícil e a confiança do consumidor no norte da Europa continua sendo corroída pelo aperto fiscal e a continuidade do impacto da crise financeira", informou a Unilever.

Os mercados emergentes cresceram vigorosos 10,4%, em contraste com a redução do crescimento apresentada por outros países. Em nenhum lugar isso ficou mais evidente que na destilaria francesa Pernod-Ricard, cujas marcas incluem o uísque Chivas Regal e a vodca Absolut.

Assim como outras fabricantes de bebidas, a Pernod aproveitou a onda de demanda chinesa por uísques e conhaques, registrando um crescimento orgânico no país de 18% na primeira metade de seu exercício social. Entretanto, os números mais recentes do terceiro trimestre apontam uma contração de 2%, segundo o Deutsche Bank.

No geral, o grupo francês teve alta das vendas orgânicas de 6,1%. A expectativa do mercado era de 7,4%.



Veículo: Valor Econômico


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