Após a aquisição da Rapidão Cometa, em maio de 2012, a americana FedEx Express, uma das maiores empresas de transporte aéreo de cargas do mundo, vai dar continuidade ao seu plano de expansão no Brasil com a inauguração de três instalações para aumentar a sua capacidade de atendimento no país. O investimento, porém, não foi divulgado.
Até junho deste ano, a FedEx Express vai abrir dois novos centros de distribuição. Um deles está localizado em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. O segundo empreendimento está em Cabo do Santo Agostinho (Pernambuco). Há um terceiro investimento, uma nova estação de entrega e coleta de remessas no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo.
Juntas, as três unidades somam 50 mil metros quadrados, ou o equivalente a um aumento de 7% na área total instalada da FedEx no país, de 720 mil metros quadrados. "Esse foi um passo muito importante para a gente fazer um portfólio com todas as soluções para atender as necessidades das empresas brasileiras", afirmou a gerente sênior de operações da FedEx Express, no Brasil, Vera Lucia Barbosa Lima.
Segundo a executiva, os novos centros de distribuição da FedEx podem funcionar como um estoque para empresas de diversos setores. "O comércio eletrônico é uma das áreas de maior oportunidade, podemos suprir a demanda desse setor", disse Vera.
Segundo ela, uma empresa de varejo on-line pode se concentrar apenas na venda de seus produtos, enquanto a FedEx faz a administração das mercadorias nos centros de distribuição e a entrega na casa do cliente.
O novo centro de distribuição da FedEx em Guarulhos tem 18,2 mil metros quadrados de área construída. A instalação em Pernambuco, por sua vez, conta com 30 mil metros quadrados.
Com a compra da Rapidão Cometa, que em junho de 2014 passará a se chamar FedEx, a empresa americana passou a ter 50 filiais no país, 145 pontos de distribuição, 84 centros autorizados da FedEx e em torno de 9,5 mil funcionários. Na época, a negociação chamou a atenção porque a Rapidão, em termos de infraestrutura, é muito maior do que a própria FedEx. O valor do negócio não foi revelado.
No dia 11 de abril, a FedEx anunciou outra negociação, em linha com seu objetivo de se tornar uma empresa não só de transporte aéreo de cargas, mas também de entregas marítimas e de soluções de logística. A empresa anunciou uma associação com a Portlink Logística Multimodal, de Santa Catarina.
A Portlink, especializada em transporte marítimo de cargas, passa a usar a marca FedEx Trade Networks, o braço de logística do grupo americano. A parceria não envolveu troca acionária, mas essa possibilidade não está descartada no futuro.
Os últimos dados financeiros disponíveis da FedEx Express mostram que a companhia teve receita total de US$ 6,7 bilhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2013, encerrado em fevereiro - o ano fiscal da FedEx começa em junho e termina em maio. Esse resultado representou um aumento de 2% em relação aos US$ 6,5 bilhões de igual período de 2012. No acumulado dos nove primeiros meses, a receita total da FedEx ficou em US$ 20,1 bilhões, o que representou um crescimento de 2% ante os US$ 19,7 bilhões do mesmo período anterior.
Veículo: Valor Econômico