Em sua estratégia para diversificar receitas, a fabricante brasileira de computadores Positivo Informática tem investido desde 2010 na distribuição de jogos de videogame. A ideia é aproveitar o relacionamento já existente com os varejistas, devido aos negócios na área de PCs, para ganhar espaço em um mercado de rápido crescimento. A Positivo criou uma empresa própria para atuar na área, a Neoplay. "Quando os criadores de jogos conhecem nossa estrutura, eles se sentem confiantes", diz Elaine Guetter, vice-presidente da Neoplay.
A Neoplay conta com cerca de 50 funcionários e distribui títulos dos estúdios de criação Activision, Blizzard, Five-o-Five, Capcom, Sega e Konami. No ano passado, a Neoplay contratou Glauco Bueno, experiente executivo do mercado de jogos no Brasil, para liderar sua estratégia de expansão de mercado. "Queremos assumir a liderança", diz o executivo.
De acordo com Ilana Kriger, diretora de vendas da Neoplay, um dos principais desafios será atingir as redes de varejo fora do eixo Rio-São Paulo que começam a se interessar por videogames. Uma das estratégias é ajudar as pequenas lojas a promover festas e promoções no dia do lançamento de novos jogos - atividades que geralmente só ocorrem em grandes redes nas capitais.
Além da Neoplay, quatro empresas disputam de forma mais intensa a distribuição de jogos no Brasil: NC Games, Ecogames (subsidiária da portuguesa International Entertainment Group, IEG), Warner Brother Games e Zap Games. De acordo com a IDG, empresa que presta consultoria e distribui jogos na América Latina, a NC Games tem entre 40% e 45% do mercado.
A Positivo Informática não divulga a receita obtida com a distribuição de jogos. O resultado da operação está incluído na linha "outros" do resultado da companhia, que inclui também as vendas de smartphones, tablets e publicidade on-line. No balanço de 2012, essas atividades somaram R$ 179,1 milhões em vendas, 114,5% a mais que o registrado em 2011.
Veículo: Valor Econômico