Consumidor de BH está cada vez mais apreensivo

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ICC de abril cai para 48,82 pontos.

O consumidor belo-horizontino está cada vez mais apreensivo e a inflação tornou-se uma de suas maiores fontes de preocupação. Foi o que mostrou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). Em abril, o ICC chegou a 48,82 pontos, abaixo da linha que separa o otimismo do pessimismo (50 pontos). Esse resultado significou uma queda de 0,14% na confiança do consumidor, em relação a março, acumulando uma variação negativa de 8,32% ao longo de 2013.

"O pior resultado foi relativo à inflação", aponta o economista Wanderley Ramalho, coordenador de pesquisas do Ipead. Entre os itens que compõem o ICC, a inflação ficou em patamares muito baixos de confiança (34,05%), o que significa que o consumidor está realmente preocupado com a alta de preços verificada nos últimos meses. Em março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo instituto chegou a 0,5%; alcançou 2,68% no acumulado do ano, e a 5,6% nos últimos 12 meses.

Depois da inflação, a segunda pior avaliação do consumidor belo-horizontino foi a situação econômica do país (44,17 pontos), seguido pela pretensão de compra (48,93 pontos) e emprego (48,99 pontos). Como sinais de otimismo estão a situação financeira da família em relação ao passado (53,45 pontos) e a situação financeira da família (59,52 pontos).

Para Ramalho, estes resultados indicam que a percepção da macroeconomia está negativa, com "uma piora no humor dos consumidores". Mas, para ele, isso não quer dizer que haverá uma redução do consumo a curto prazo. "Isso não vai acontecer, necessariamente, pois os níveis de emprego e renda ainda são positivos", pondera.

Apesar de a inflação ter alcançado o pior resultado (34,05 pontos) em abril, foi o componente que apresentou a maior variação positiva em relação a março, alcançando 7,72%. Os itens referentes à situação financeira da família e situação financeira da família em relação ao passado, embora tenham obtido as melhores pontuações em abril, foram os que mais recuaram na comparação com o mês anterior, caindo 4,68% e 3,66%, respectivamente. A confiança com o emprego recuou 1,19%, enquanto a percepção da situação econômica do país melhorou 3,35%; e a pretensão de compra avançou 6,49%.

IEE - O Índice de Expectativa Econômica (IEE), que mede a situação econômica do país, a inflação e o emprego, ficou positivo em 2,25% em relação a março, recuando 8,4% no ano e 3,15% nos últimos 12 meses. Já o Índice de Expectativa Financeira (IEF, formado pelos itens situação financeira da família; situação financeira da família em relação ao passado; e pretensão de compra) caiu 2,3% na comparação com o mês anterior; recuou 2,96% ao longo de 2013 e aumentou 0,29% no acumulado dos últimos 12 meses.

Diante desses resultados, Ramalho aconselha aos consumidores que tenham uma postura mais ativa. Ou seja, que façam pesquisa de preços, "para evitar a especulação, muito comum nesse contexto".



Veículo: Diário do Comércio - MG


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