No Shopping Estação BH, as franquias representam 26% do total de mix de lojas.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o desempenho do segmento de franquias em 2012 foi 16,2% maior que no ano anterior, com faturamento de cerca de R$ 103 bilhões. Em Minas, o crescimento foi ainda mais expressivo, chegando a 18%, o que mostra o espaço que as franquias vêm conquistando principalmente ao longo dos últimos dez anos.

O número de redes de franquias também cresceu 19,4% de 2011 para 2012, somando 2.426. Com esse crescimento constante, a grande presença das franquias nos shoppings já é uma realidade. No Shopping Estação BH, por exemplo, inaugurado em 2012, hoje são 51 franquias, o que representa 26% do total de lojas em operação.

Fábio Attie possui franquias há 12 anos. Tem uma unidade de O Boticário no Shopping Estação BH, e outras lojas em Belo Horizonte e nas cidades mieniras de Sabará, Ribeirão das Neves e Santa Luzia, na Região Metropolitana da Capital, além de Uberlândia, no Triângulo. Segundo ele, o investimento em franquias vale a pena, uma vez que poupa muito trabalho do investidor em relação à criação e divulgação. "Ao montar uma franquia, já é apresentado o formato pronto e a marca na maioria das vezes já é conhecida nacionalmente", explica.

Sobre o investimento, Attie revela que o retorno total acontece em quatro anos, com 25% a cada ano. Ele ressalta que, em relação ao Estação BH, o retorno tem sido muito bom. "Chegamos até a contratar dois novos funcionários para dar conta das vendas, o que é surpreendente, em função do tamanho da loja."

Com o primeiro investimento em franquia na Chocolates Brasil Cacau, os lojistas Cristiane e Leonardo Saliba também acreditam que o formato pré-formulado é uma grande vantagem. "A Brasil Cacau é uma marca consolidada e aprovada pelo público. Nesse caso, já abrimos a loja sabendo que vamos ter retorno", afirma a empresária. Para ela, o segmento de chocolates chamou a atenção por ser mais prático e fácil de administrar. "Estudei um ano a respeito de franquias, olhei vários tipos e decidi pelo setor de chocolates por ser este um produto que se vende por si só. O cliente vai à loja já sabendo o que quer comprar".

A franqueada também destaca que o ponto em shopping ajuda a atrair consumidores. "Além da segurança, as pessoas já vêm com a intenção de comprar. Nossas vendas de Páscoa foram muito boas e a expectativa é de evolução no desempenho." Seu sócio, Leonardo Saliba, conta que as boas vendas no fim de 2012 e início de 2013 diminuíram o tempo esperado para o retorno do investimento. "A franquia investiu muito em marketing, patrocinando o Big Brother Brasil, e isso nos ajudou muito. Esperamos recuperar tudo o que investimos em dois anos."



Veículo: Diário do Comércio - MG