Leite de Rosas já ensaia volta ao Rio

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Empresa apresentou à Companhia de Desenvolvimento do Estado plano para reabertura da fábrica no bairro da Mangueira até 2014.

Tradicional marca de higiene pessoal e cosméticos, a carioca Leite de Rosas quer reabrir sua antiga fábrica, desativada desde 2009 no bairro da Mangueira.A entrada de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região e o lançamento de uma nova linha de produtos, ainda mantida em segredo pelos executivos da empresa, aumentou a confiança na reabertura da fábrica. Idel Halfen, diretor de Marketing da Leite de Rosas, diz que ainda não há data para que a produção comece. Ele também não revela quanto será gasto com a reformulação do prédio, que pertence à empresa. Mas adiantou que tudo será feito com recursos próprios, inclusive a compra de maquinário.

Tudo faz parte do planejamento estratégico da companhia e das perspectivas de ganho de mercado para a marca, que completa 84 anos de vida. A fabricação do Leite de Rosas e dos demais produtos, que vão de sabonetes a hidratantes e desodorantes é feita hoje na unidade construída em 2005, em Aracaju.No Rio funciona a sede administrativa da empresa.

“Para reabrir a fábrica do Rio precisamos decidir quais produtos da linha serão produzidos aqui e quais ficarão em Aracaju. Estar na nossa cidade, onde a empresa nasceu, é importante”, explica o executivo.

O planejamento da Leite de Rosas foi apresentado no ano passado à Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), coma perspectiva de reativar a fábrica em dois anos, a contar da data da entrega da comunicação ao órgão.

Para o governo do Rio, a empresa informou que serão criados 400 novos empregos diretos coma unidade em funcionamento e a prioridade são os moradores que moram nas proximidades da fábrica. Segundo fontes ligadas à companhia, foi encaminhado à secretaria estadual de Desenvolvimento um pedido de incentivos para um centro de distribuição.

Um dos entraves para a reabertura da fábrica seriam as licenças ambientais. Halfen, no entanto, informou que todas as licenças para funcionamento estão sendo solicitadas. No Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a informação é de que ainda não consta nenhuma licença concedida para a empresa em seu sistema.Mas que a companhia poderá requerer assim que deseje retomar a suas atividades no Rio. O último documento que está nos arquivos do Inea é de 2009, quando as atividades foram encerradas para a transferência de operações para Aracaju.


Do fundo de quintal para todo o Brasil


Uma marca que atravessou gerações e foi dica de beleza de mãe para filha. A história da Leite de Rosas começa assim, em 1929, pelas mãos de seu fundador, Francisco Olympio de Oliveira, que se mudou do Amazonas para o Rio decidido a criar um produto com as características da mulher brasileira. A produção do Leite de Rosas começou no fundo de quintal e ganhou o mercado brasileiro. A loção de limpeza que virou ícone em uma chamativa embalagem cor de rosa, na verdade foi concebida para ser um desodorante. No entanto, mesmo com essa classificação, boa parte das consumidores usavam o Leite de Rosas para a limpeza da pele, remoção de maquiagem e até tratamento de cravos e espinhas. O produto conquistou também a ala masculina, que passou a usar a fórmula como loção pós-barba. Nos áureos tempos, a empresa patrocinava grandes eventos, desde concertos musicais até os glamurosos concursos de Miss Brasil.

Genro do fundador, Henrique Ribas assumiu a empresa em1961. A família permanece no comando até hoje. A partir daí, a marca expande sua atuação no país e chega a novos mercados, como o Nordeste. Em 1999, começou a extensão de marca, coma linha de sabonetes, desodorantes, cremes faciais e novas fragrâncias. O faturamento estimado é de R$ 90 milhões por ano.



Veículo: Brasil Econômico


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