A internet e a lei que exige conteúdo nacional nos canais pagos de TV estão alavancando a participação -ainda tímida- das marcas brasileiras no setor de licenciamento, de acordo com a Abral (associação do setor).
Das 600 marcas e personagens exploradas no país hoje, 25% são nacionais. "Esse número deve chegar a 30% em um ano", diz Marici Ferreira, presidente da entidade.
A Galinha Pintadinha, fenômeno entre crianças que surgiu no You Tube, é o principal exemplo dessa proliferação brasileira.
"Antes só uma empresa grande, como a Disney, [conseguia comercializar suas marcas com terceiros]", diz David Diesendruck, diretor da Redibra, proprietária da Galinha Pintadinha.
"Agora, qualquer pessoa disponibiliza conteúdo on-line e abre oportunidade para vender outros produtos."
Em relação à lei de conteúdo nacional, Diesendruck é cauteloso: "No médio prazo, deve ajudar as brasileiras".
Ferreira é mais otimista. "Ela incentiva a criação de desenhos brasileiros [a serem explorados]", afirma.
A Supermarcas, responsável pelo licenciamento no Brasil de grifes como BMW e Ray Charles, fechou com a Warner Music para trabalhar nomes de cantores nacionais.
"Hoje, 90% das nossas marcas são internacionais. Em três anos, 30% devem ser brasileiras", diz Moacir Galbinski, presidente da empresa.
"Também há espaço no país para licenciar extensões de marcas. Uma empresa de jeans, por exemplo, que cria uma linha de cosméticos."
Veículo: Folha de S.Paulo