O tomate retornou à cena e mais uma vez apresentando maior peso para o bolso do consumidor. Segundo pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), publicada ontem, o fruto encareceu 11,03% na comparação semanal. O preço médio do quilo do produto subiu de R$ 5,26 para R$ 5,84. No entanto, o pacote de compras estimado pela Craisa ficou praticamente estável - 0,09% mais barato - passando de R$ 441,19 para R$ 441,59.
Mesmo com o preço médio do tomate subindo, a dona de casa que pesquisou antes de levar o produto para casa pode ter feito bom negócio. Isso porque a diferença de valores do quilo entre os 17 estabelecimentos pesquisados pela Craisa atingiu 40,7%. O mais barato estava R$ 4,96. O mais caro, R$ 6,98
O engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, explicou que desta vez o clima não foi o culpado pela inflação semanal do tomate. Ele disse que o caso é de oscilação normal de abastecimento na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na Capital. "Quando chega uma carreta a mais com o produto, por exemplo, o preço já oscila bastante", declarou.
Benedetto destacou que, apesar do aumento de preço, o tomate está bem menos agressivo ao orçamento familiar em comparação há algumas semanas, quando o quilo chegou a custar até R$ 15.
Ele ressaltou ainda que na contramão, o açúcar atingiu o menor valor médio desde 2012, mas disse que ainda não há explicação correta para essa mudança. Com queda semanal de 2,41%, o quilo do produto custa, em média, R$ 1,62.
Dentre os 34 produtos da cesta básica, ficaram mais baratos itens alimentícios (-0,20%), de higiene pessoal (-0,5%) e de limpeza doméstica (-0,25%). Apenas os hortigranjeiros, puxados pelo tomate, apresentaram encarecimento médio de 0,455.
IMPORTÂNCIA - É justamente este grupo de produtos, que vêm da agricultura, que são motivos para comemoração da Coop, que afirma cobrar em média 25% a menos dos consumidores em relação a outros mercados. A empresa garantiu que o segmento representava 0,3% do faturamento há 12 anos. Atualmente, está na ordem de 7%.
Veículo: Diário do Grande ABC